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segunda-feira, 30 de novembro de 2009

Lua Nova

Sexta-Feira, assisti ao filme Lua Nova, continuação do filme Crepúsculo, que estréio nos cinemas de todo o Brasil no dia 20 de novembro. No filme Crepúsculo a frágil e desastrada Bella Swan (Kristen Stewart) se muda para Forks, uma pequena e monótona cidade, fria e chuvosa sem nenhuma perspectiva até conhecer Edward Cullen (Robert Pattinson) e descobrir que ele é um vampiro, mas já é tarde demais, porque ela já esta apaixonada e para sua sorte ele também esta. Apesar dos perigos que ela corre perto dele ela não aceita se separar.

Em Lua Nova Edward decididamente convencido de que é mais seguro para Bella ficar longe dele decide então ir embora dizendo “Prometo que esta será a última vez que vai me ver”. Então ela mergulha numa depressão que parece não ter fim até encontrar conforto na companhia de seu então melhor amigo Jacob Black (Taylor Lautner) que nada mais é do que um lobisomem, ou seja, inimigo dos vampiros. Mas é com ele que Bella se sente segura quando começa a sentir a ameaçadora volta de Victória que pretende vingar a morte de James, com a sua morte, pois Victória acha que tem que ser um parceiro pelo outro.

Nas aventuras perigosas e atrevidas que Bella vive com Jacob ela encontra uma forma de ouvir a voz de Edward em sua mente, sempre que ela se coloca em perigo sem que ele esteja perto para protegê-la, ela ouve sua voz a reprimindo. Jacob se afasta de Bella para que ela não corra perigo e isso faz com que ela entre na mais profunda tristeza. Desta vez Bella se surpreende com os homens-lobos e com uma forte família de vampiros que dominam a espécie e que moram na Itália, os Volturi, eles representam um grande perigo para Bella e para os Cullens no decorrer da trama. Bella terá que salvar a vida do seu grande amor e em troca disso arruma mais alguns inimigos, os Volturi.

Lua Nova não é o tipo de filme que arrancará lagrimas de uma multidão de pessoas e nem ficará marcado para sempre na memória de maioria, mas confesso que em algumas cenas senti um forte nó na garganta e me segurei para não chorar junto com a Bella a dolorosa perda do seu grande amor. Não existe razão para o amor e nesse ponto a vida real e a ficção se entendem muito bem. Jacob Black sempre deixou bem claro os seus sentimentos pela Bella e ela nunca o iludiu, sempre deixou bem claro que o seu amor estava nas mãos Edward Cullen e que Jacob Black é um amigo querido que ela que sempre por perto. Creio que intermediar a convivência entre lobos e vampiros será o ponto alto de “Eclipse”, a continuação da saga dos vampiros.

domingo, 29 de novembro de 2009

Fique Sabendo

O Programa Estadual DST/Aids de São Paulo, vinculado a Secretaria de Estado da Saúde, foi criado em 1983 por um grupo de técnicos da área da saúde liderados pelo médico Paulo Roberto Teixeira. Na época, pouco se sabia sobre a doença e sua forma de transmissão e o grande objetivo do programa era pesquisar e conhecer a dimensão da epidemia, esclarecer a população para evitar o pânico e a discriminação aos grupos considerados vulneráveis e garantir o atendimentos aos casos verificados e orientar os profissionais de saúde no manejo dos pacientes. Hoje o objetivo do programa é diminuir a vulnerabilidade da população do Estado de São Paulo em adquirir Doenças Sexualmente Transmissíveis e HIV/aids; melhorar a qualidade de vida das pessoas já afetadas e reduzir o preconceito, a discriminação e os demais impactos sociais negativos das DST/HIV/AIDS.

No Brasil, os portadores de HIV/aids dispõem de tratamento universal e gratuito e o empenho do programa ajudou na redução de mortalidade entre os infectados. A análise da sobrevida de pacientes diagnosticados em 1992, no CRT DST/Aids, apontou que apenas 22,8% sobreviviam após 36 meses de acompanhamento, percentual este que subiu para 79,2% entre os diagnosticados em 1997. No caso da transmissão vertical do HIV, o impacto positivo das intervenções assistenciais, laboratoriais, profiláticas e medicamentosas no Estado de São Paulo, é demonstrado pela redução da taxa de transmissão de 16% em 1997, para uma taxa de 3,2% em 2002.

Além do trabalho voltado à assistência aos portadores de DST/aids, o Programa Estadual DST/Aids realiza inúmeras atividades no campo da prevenção às DST/aids, e também dispõe de um núcleo de articulação com as organizações não-governamentais, com objetivo de avaliar os projetos encaminhados pelas mesmas a serem financiadas pelo Estado, coordenar os processos de concorrência pública, promover, ampliar a aprimorar a interlocução e a efetivação de parcerias institucionais da sociedade civil com os programas governamentais.

Os primeiros casos da Síndrome da Imunodeficiência Adquirida (aids) no Brasil foram descritos no início da década de 80, em São Paulo. Embora inicialmente vinculado aos homens que fazem sexo com outros homens (HSH), particularmente nos países industrializados e na América Latina, o HIV se disseminou rapidamente entre os diversos segmentos da sociedade, alcançando paulatinamente mulheres, crianças e homens com prática heterossexual. Essa disseminação se deu não só, embora principalmente, pela via sexual, mas também pela via sangüínea, através do compartilhamento de seringas e agulhas por usuários de drogas injetáveis, em transfusões de sangue e hemoderivados e, ainda, pela transmissão vertical (transmissão da mãe para a criança na gestação, parto ou durante o aleitamento materno), na medida em que as mulheres foram sendo atingidas pela epidemia.

Assim, se no início a infecção pelo HIV parecia limitar-se a determinados segmentos da população (homossexuais, hemofílicos e usuários de drogas), com o tempo ela passou a ocupar espaços na população geral. As ocorrências atuais caminham para um processo de pauperização e feminização da epidemia. Ao atingir particularmente a população de adultos jovens em todo o mundo, a aids foi responsável por milhares de Anos Potenciais de Vida Perdidos (APVP) do final dos anos 80 a meados dos 90, sendo a principal causa de morte na população entre 15 e 49 anos em vários países, inclusive no Brasil. No Município de São Paulo, em 1995, a aids foi a segunda causa na hierarquia dos APVP para os homens e a primeira para as mulheres.

Ao longo da história, foram identificados 314.294 casos de aids em homens e 159.793 em mulheres. Em 1985, havia 15 casos da doença em homens para 1 em mulher. Hoje, a relação é de 1,5 para 1. Em 2004, pesquisa de abrangência nacional estimou que no Brasil cerca de 593 mil pessoas, entre 15 a 49 anos de idade, vivem com HIV e aids (0,61%). Deste número, cerca de 208 mil são mulheres (0,42%) e 385 mil são homens (0,80%). A mesma pesquisa mostra que quase 91% da população brasileira de 15 a 54 anos citou a relação sexual como forma de transmissão do HIV e 94% citou o uso de preservativo como forma de prevenção da infecção.

Maiores informações sobre a situação da epidemia no Brasil acesse o site do Departamento de DST/Aids e Hepatites Virais do Ministério da Saúde e acompanhe a programação da Rádio DSFM, na segunda-feira (30/11), das 8:00 às 9:00 horas, estarei ao vivo no estúdio da rádio abordando a questão da epidemia no Brasi.

sábado, 28 de novembro de 2009

Unidade de Saúde Casarão Brasil

No “Dia Mundial da Luta Contra a Aids”, a comunidade do Bairro Cerqueira Cesar ganha a “Unidade de Saúde Casarão Brasil”. A Unidade de Saúde visa atender toda comunidade e oferecerá: exames gratuitos, resultados, possibilidades para as DSTS, contará com três consultórios, sala de coleta e profissionais especializados, construído num espaço de 49m² adequado ao atendimento DST, com estimativa de atendimento de 90 pessoas ao dia e seu horário de atendimento será de segunda a sexta das 10:00 às 17:00 horas, com o apoio da Secretaria Municipal de Saúde.

Na ocasião da inauguração, haverá a presença Dr. Lourinaldo Cordeiro Alves, Biomédico, especialista em saúde pública, técnico do Centro de Vigilância Sanitária do Estado de São Paulo, que fará uma explanação sobre o tema: Avanços Alcançados e Desafios para Prevenção de Doenças Sexualmente Transmitidas. O evento é aberto ao público e o Casarão Brasil conta com a presença de toda a comunidade.

SERVIÇO:

Inauguração da Unidade Saúde Casarão Brasil
Data: 01 dezembro de 2009 – terça-feira
Horário: 19 horas
Local: Casarão Brasil
Rua Frei Caneca, 1057 – SP – São Paulo
11.3171.3739
www.casaraobrasil.com.br

sexta-feira, 27 de novembro de 2009

Amor: O Signo da Vida

Quando eu era criança, acreditava que o amor era o grande signo da vida e que tudo era possível quando não estamos sozinhos. Sonhava em encontrar alguém para dividir minha vida por inteiro, nunca pensei numa pessoa encantada, nos meus sonhos, a pessoa que estava ao meu lado, dando significado a minha vida, era alguém comum, de fácil alcance dentre as mais de seis bilhões de pessoas que temos no mundo. O tempo passou e eu fiquei a procurar por alguém especial, durante esse tempo todo varias pessoas passaram pela minha vida, porém desempenharam papeis minoritários, julgo que se não houve nada “além”, é porque na verdade eram apenas pessoas com algumas afinidades em comum.

Pior do que não amar e não ser amado é amar e não ser amado. Amar sozinho não está nos planos de ninguém, sempre sonhamos com um amor compassado, no ritmo certo da vida, mas nem sempre é o que encontramos na vida real, fora da plataforma dos sonhos afetivos. Dizem que durante uma vida inteira encontramos em média duas pessoas pela qual seriamos capazes de dar nossa vida por elas, essas estimativas são camufladas por conta do próprio comportamento humano. Estamos vivendo a era da velocidade, onde os jornais são banalizados pelos sites de noticias atualizados em tempo real. Essa velocidade da vida, esse desenrolar dos fatos afeta a nossa forma de nos relacionarmos, muitas das vezes, por conta da velocidade dos acontecimentos na era digital, deixamos passar batido um alguém que mudaria por completo a nossa vida, que dariam os significados que tanto almejamos.

Por alguns momentos, para ser mais exato, por alguns anos, acreditei ter encontrado “a pessoa” que me ajudaria a significar a minha vida e de fato encontrei, mas não para sempre como idealizava, encontrei por apenas seis anos. Foram seis anos sentido o perfume das rosas e o encravar dos espinhos, com a vida sempre fui realista e nunca esperei apenas pelos bons momentos, aliás, acredito que os maus sãos mais freqüentes e necessários que os bons momentos e por isso que julgo ser indispensável uma vida a dois, pois, na dor, o sofrimento é dividido. Hoje, vivencio meus momentos sozinho, confesso que as alegrias encontram-se bem próximas da apatia e as tristezas ficam bem ao lado do desespero. As conquistas não têm o mesmo sabor quando não são compartilhadas, divididas e vivenciadas com outra pessoa.

Semana passada, fui ao casamento de uma amiga. Ela estava deslumbrante, vestido branco, buquê vermelho, daminhas e pajens e festa de arromba. Na cerimônia, cochichei com a minha mãe: “Isso não passa de um teatro, se eles não estiverem dispostos a levar uma vida a dois, todo esse juramento não vale nada”. Acho extremista quando o padre questiona se ambos ficaram um ao lado do outro até que a morte os separe, sabemos que isso não existe e que se não houver a criação e manutenção de mecanismos que levam ambos a alimentarem o prazer de estar junto, esse “pra sempre” não durará muitos anos. Na ocasião do casamento, lembrei-me do matrimonio de uma amiga que foi realizado na mesmo igreja e no qual eu fui um dos padrinhos, além de padrinho, conduzi a noiva até a igreja. Quando cheguei à porta da igreja matriz eu brinquei e perguntei a minha amiga: “Ainda dá tempo de mudar de idéia, se você quiser, arranco com o carro e tiro você daqui”. Minha amiga sorriu e disse que não era necessário, hoje, essa amiga me ligou e disse com uma voz tristonha que teria sido muito melhor se ela tivesse pedido para eu arrancar com o carro e tira-la dali. Fiquei triste com a declaração, fui testemunha dessa união e faço votos que ela dure.

Um dos grandes equívocos que cometemos no que tange os relacionamentos afetivos, é imaginar que o amor é uma ciência exata e tentar desesperadamente resolver a equação “eu = a você”. As pessoas são diferentes, reconhecer essas diferenças e aceita-las é um grande passo no percurso de um relacionamento duradouro. Orgulho, individualismo e falta de dialogo minam qualquer relacionamento, quando estamos com alguém, muitas das vezes temos que ceder, pedir desculpas, dizer que sente muito e que não seria a mesma coisa sem você. Quando somos amados, sentimos, mas às vezes precisamos ouvir com todas as letras um forte e entonado “eu te amo”, ser companheiro e dizer o que sente são ações imprescindíveis para fazer valer todos os dias as juras feitas nos momentos movidos pela paixão.

quinta-feira, 26 de novembro de 2009

A Vida em Preto e Branco

Qual é o Verdadeiro Sentido da Vida? Creio que essa é uma das perguntas mais questionadas na humanidade e que na verdade ninguém sabe qual é esse “”sentido, se é que exista um sentido exato. Se eu soubesse o sentido, não diria a ninguém, pois gostaria de chegar lá antes de todo mundo. Muitos dizem que na vida temos que andar sempre à frente, mas isso é algo questionável, e se esse “sempre à frente” for o sentido contrário? Estamos nos autodestruindo, não somos capazes de regular o ecossistema que é a única forma de garantir a nossa vida longa aqui na Terra. Somos incapazes de conter o desmatamento da Amazônia e o Aquecimento Global e de tempos em tempos uma nova profecia de Nostradamus - que anuncia o fim do Mundo - ganha espaço da mídia. O “Fim do Mundo” está iminente? Viveremos para ver esse fim? Se o fim está mesmo próximo, essas preocupações são secundaria, pois ninguém sobreviverá e ele.

Talvez, num passado remoto, alguma civilização estava no “verdadeiro sentido” da vida e essa civilização chegou lá, em algum lugar onde esse sentido nos leva, no lugar para onde todos pensam que caminham e nunca chegam. Essa civilização, acostumada com a vida nômade que estavam levando durante gerações, continuou sua jornada, buscando por outros sentidos de vida, pegando o caminho inverso ou diagonal ao antes percorrido e de lá para cá, toda a humanidade caminha desenfreadamente para a destruição, por um caminho qualquer que não nos leva as respostas que tanto buscamos. Tudo porque a humanidade se habituou a vida nômade. Acredito que o homem caminha firme até a sua auto-aniquilação, alguns se darão conta do fim e rapidamente se voltarão para o caminho contrário, esses ganharão apenas um fôlego de vida, mas o fim já estará marcado.

Às vezes duvido se existe um significado para tudo o que estamos vivendo na Terra. Talvez essas dúvidas existam por conta da destruição dos signos que serviriam para reger nossas vidas. A ciência evolui numa velocidade tão grande a ponto de termos que apertar o nosso passo para acompanhá-la, mas tudo isso a troco de que? Vemos o homem desenfreadamente procurando um elixir da longa vida, ninguém quer deixar esse mundo, talvez isso seja uma fuga, o desconhecido é aterrorizante e nenhum de nos sabemos com certeza o que encontraremos depois da vida. E se a morte for o sentido da vida? Se sim, fugimos durante toda a vida de algo que nos completaria. Na morte, espero encontrar respostas para perguntas que fiz/faço e/ou farei e se elas não forem plausíveis, não responderei pelos meus atos, seja qual for o lugar que eu estiver. Por muito tempo, busquei responder tais perguntas nas religiões, que por sua vez não me responderam, foram superficiais em suas respostas.

Não acredito que um criador criou a homem e deu a ele o livro arbítrio a fim de buscar por verdadeiros adoradores e que os verdadeiros adoradores herdarão o reino dos céus e aqueles que se recusarem a adorar o criador padecerá no inferno. Toda essa história entra em conflito com a onisciência, onipotência e onipresença. Se Deus sabe de todas as coisas (passado, presente e futuro), tem todo o poder e está em todo lugar, quando ele criou o homem ele sabia quem seria os seus verdadeiros adoradores e quem caminharia para o inferno, com base nisso: Onde fica o nosso livre arbítrio? Pelo fato de sermos pré-destinados por Deus, não existem verdadeiros adoradores, tais seres já foram criados com esse intuito. Parei com a religião quando me dei conta que o livre arbítrio vai contra a onisciência, onipresença e onipotência de Deus. Religião é uma ótima fuga para quem não consegue significar sua vida e não convive bem com algumas respostas, pois nela, quando nos as encontramos, nos firmamos que existem conhecimentos que só pertence a Deus.

quinta-feira, 19 de novembro de 2009

Vote Contra a Homofobia: Defenda a Cidadania

Nesta quarta-feira, participei da reunião que definiu o tema do 14ª Mês do Orgulho LGBT de São Paulo. Na reunião anterior havia sido definido que a temática abordaria a as eleições de 2010 e a importância de voto no combate a homofobia, abordagem pertinente, pois bem sabemos que muitos dos projetos pró-LGBTs não chegam nem a serem apreciados pelos parlamentares, por conta das bancadas de fundamentalistas que se instauraram nos legislativos de todo o Brasil inteiro. Somente com a educação para o voto “consciente”, conseguiremos tirar o Brasil das garras homofóbicas que dificultam a convivência social dos LGBTs.

Para reunião, foram convocados militantes LGBTs, representantes de ONGs e todos os demais membros da sociedade, porém, não haviam mais de 15 presentes para essa discussão de extrema importância. A escolha do tema foi unanime e sem grandes polêmicas, haviam temas que contemplavam o ano eleitoral e a copa do Mundo, mas foi decido que a melhor saída era frisar apenas a questão eleitoral, afim de fortalecer ainda mais a temática, e a questão da homofobia no esporte, poderá ser debatida em 2014, ocasião em que o Brasil será sede da Copa do Mundo.

O tema escolhido foi “Vote contra a homofobia: defenda a cidadania”, acredito que com essa temática, poderemos promover excelentes debates políticos e mostrar para toda a sociedade quem são os políticos homofóbicos, fundamentalistas e que governam em nomes de grupos, esquecendo-se que vivemos em sociedade e que a política tem que ser feita para todos. A questão no “Voto” no tema foi uma escolha unanime, já o lugar do verbo “defender”, também foi sugerido o verbo “conquistar”. A comunidade gay ainda tem muito a conquistar, mas acredito que todos são cidadãos, temos essa conquista, o fato de termos direitos negligenciados, não nos anulam como cidadãos, ainda somos, porém, com menos direitos, o verbo “defender” foi uma escolha assertiva.

Essa será a primeira parada que abordará a questão do voto, porém, a associação da Parada quer fugir do conceito “gay vota em gay”. Estamos com o PLC 122 sob a apreciação da Comissão de Direitos Humanos, bem sabemos que se não fossem por políticos que governam em nome de grupos, esse projeto já estaria aprovado. Temos que ter políticos que governam em nome do coletivo, não podemos responder ao descaso que somos submetidos criando bancadas LGBTs nos legislativos de todo o Brasil, na política só pode existir uma bancada, e essa é a bancada tem que governa para todos. Espero que as discussões de 2010 sejam enriquecedoras para todos.

segunda-feira, 16 de novembro de 2009

Passeio Ciclístico da Diversidade Sexual de São Paulo

No próximo dia 28 de novembro (sábado) acontecerá em São Paulo o Passeio Ciclístico da Diversidade Sexual de São Paulo – Venha pedalar contra a homofobia. O evento tem a proposta de criar uma alternativa de atividade esportiva para a Comunidade LGBT e simpatizantes e foi idealizado pelo grupo SP Gay Bikers, um grupo de amigos que criou o primeiro grupo gay de amantes de bike do Brasil, pela KFuture Sports, empresa de gestão esportiva e CADS – Coordenadoria de Assuntos da Diversidade Sexual – Secretaria de Participação e Parceria – Prefeitura de São Paulo. E conta e conta com o apoio da Secretaria de Esporte, Lazer e Recreação de São Paulo e da SP Turis.

Tem como objetivo proporcionar uma atividade gratuita à população tendo como foco ampliar a interação da população LGBT por meio do esporte, promovendo a livre orientação sexual, a liberdade, justiça social, democracia, pluralidade e diversidade de gêneros, além de ampliar a discussão quanto à utilização de bicicletas nas grandes cidades como alternativa de transporte com responsabilidade ambiental.

A concentração será no Largo do Arouche, a partir das 21h00 e percorrerá as principais vias e pontos turísticos do centro e arredores. Contará também com apoios técnico e médico, bem como da polícia militar, da guarda civil metropolitana e da CET. Poderão participar as pessoas com idade de 14 a 65 anos de ambos os sexos.

Dentre as ações que serão realizadas, estão previstas premiações para ciclista mais original e bike mais enfeitada.

O evento busca também a participação da sociedade através do trabalho voluntário.

Inscrições e informações no site www.ciclismodiversidade.wordpress.com ou pelo email ciclismodiversidade@gmail.com.

sexta-feira, 13 de novembro de 2009

Traveleirinho: O Primeiro CD Independente de Dillah Dilluz

O ator Edivaldo Barreto, que dá vida à Drag Queen DILLAH DILLUZ, lançará seu primeiro CD independente TRAVILEIRINHO, dia 13 de novembro, a partir das 20h, sexta-feira, na Associação Casarão Brasil, presidida por Douglas Drummond.

O lançamento / show é aberto ao público que pode levar 1 quilo de alimento não perecível para será doado a Associação Aliança pela Vida, que presta apoio às pessoas com HIV/AIDS.

Com vasta experiência em teatro, DILLAH DILLUZ que estudou com Antunes Filho e trabalhou com Carlos Alberto Sofredinni, entre outros, também deixou sua marca no cinema nacional com uma ponta no filme CARANDIRU de Hector Babenco.

TRAVILEIRINHO é um cd de paródias hilárias, compostas pelo próprio artista, que também já compôs para Silvetty Montilla, Michelly Summer, Salete Campari, entre outras artistas da cena gay brasileira. Agora é a vez de DILLAH emprestar voz às suas composições que faz, parodias de canções famosas interpretadas por cantores como: Maria Bethânia, Ana Carolina, Preta Gil, Cazuza, e Zezé de Camargo e Luciano.

O CD chega ao mercado com a missão de divertir, de maneira inteligente, os ouvidos mais exigentes e provocar gargalhadas na carrancas mais sérias, com participação especial de Valentinni, Ginger Hot, DJ Jura, e do Psicólogo Fabrício Vianna.

TRAVILEIRINHO é um cd verde, amarelo, azul, e branco... e cor de rosa. CHOQUE!

Serviço:

Show / Lançamento do 1º cd de Dillah Dilluz - TRAVILEIRINHO
Dia: 13 de novembro de 2009 – sexta-feira
Horário: 20 horas
Entrada: 1 kg de alimentos não perecíveis
Local: Casarão Brasil
Rua Frei Caneca, 1057
Tel./info.: 11 3171.3739
Ao lado da igreja e próximo ao metrô Consolação.

quinta-feira, 12 de novembro de 2009

E-Dub

Na viagem que fiz para Piracicaba, tive a oportunidade de conhecer a E-Dub, melhor boate gay da região de Piracicaba. Vários convites já haviam sidos feitos para conhecer a boate através do Pedro Pitanga da Ômega Hitz e ele sempre argumentava que a balada era tudo de bom e que eu precisava conhecer. Vontade não faltava... Quando surgiu a possibilidade de participar do Seminário de Políticas Públicas e da Parada Gay de Piracicaba, entrei logo em contato com o Pedro para constatar se ele estaria na E-Dub, ele disse que sim e para melhorar ainda mais a noite, o Leo Granieri também estaria na balada, achei luxo.

Fui a balada no sábado passado (07/11), além da programação normal, houve uma festa pré-parada na boate. O Léo estava hospedado no mesmo hotel que eu, marquei de irmos juntos. A entrada da balada estava movimentada e a rádio Ômega Hitz estava com a sua unidade móvel, sob o comando do locutor Molina, que também participou de toda a programação do seminário. A drag Rubia era a hostess da balada, a Dimmy Kieer também compareceu a balada, elas, juntamente com o Léo, fizeram uma farra generalizada ao vivo na rádio Ômega Hitz cantando “I’m a Single Ladies” da Beyoncé, foi inevitável não mergulhar os meus pensamentos em São Paulo e/ou a quem ficou em São Paulo.

A casa tem uma mega-estrutura, pista, bares, camarotes e um espaçoso lounge, o sistema de ventilação da casa é o ponto forte, a pista principal é toda equipada de um sistema de ventilação no chão, é impossível passar calor na E-Dub. A cartela de bebida incluía a tão apreciada tequila, mas não fiquei motivado em tomar tequila sozinho, tomei vários drinks chamado “Green”, caipirinhas e um drink que levava o nome de casa, uma batida de pêssego. Não preciso dizer que fiquei super simpático.

Saímos da casa por volta das 7 da manhã com a pista super animada, o DJ Davis Dee, que tive a oportunidade de conhecer na Parada Gay, confessou que comanda o som até o ultimo cliente sair da pista, em São Paulo, cansei de sair das baladas ao som das vassouras da equipe de limpeza. Sou assim mesmo, difícil de sair, mas quando saio, tenho que me divertir até não agüentar mais. Pretendo voltar na E-Dub em outras ocasiões e da próxima vez acompanhado para virar algumas tequilas e potencializar a curtição.

quarta-feira, 11 de novembro de 2009

Parada do Orgulho Gay em Piracicaba

Participei das comemorações da diversidade me Piracicaba. Foram quatro dias com uma agenda de assunto pontuais e pertinentes ao movimento LGBT. O encontro foi promovido pela Ong Casvi, organizadora da Parada LGBT de Piracicaba, com o intuito de capacitar a militância LGBT para os assuntos inerentes as políticas inclusivas ao cidadão LGBT.

Cheguei à cidade no dia 05/11, os participantes do evento foram hospedados no hotel Nacional - um hotel estilo anos 70 e totalmente repaginado (palavras do Vitor da Ong Joana Darc da Baixada Santista). Fiz o Check in e fui para a solenidade de abertura do evento que aconteceu na Câmara de Vereadores de Piracicaba. Na solenidade, foi apresentada uma enquete realizada pela ONG Casvi que questiona a homofobia no município de Piracicaba, também estavam presentes representantes do poder público de Piracicaba, o político Renato Simões - autor da lei estadual 10.948-01 -, vereadores de Araras e Americana e o Anselmo Figueiredo – representante da ONG Casvi.

Na Sexta, dia 06/11, participei de uma discussão em grupo sobre homofobia nos municípios participantes, fui alocado no subgrupo Arujá, Monte-Mor, Capivari e Iracemápolis, das cidades participantes, Arujá, cidade que eu representei, é a que tem a situação mais critica. Em Arujá, as travestis são marginalizadas, pois vivem exclusivamente da prostituição nas margens da Rodovia Presidente Dutra, a cidade não possuiu hospital público, nem Centros de DST/AIDS, não há ONGs na luta dos direitos dos cidadãos LGBT e nem eventos sociais simpatizantes a causa gay.

Com base na discussão em grupo, os representantes dos municípios de Arujá, Monte-Mor, Capivari e Taboão da Serra (que posteriormente foi convidado para integrar a ação), se comprometeram em estudar a criação da “Semana da Diversidade” com uma agenda pontual em todos os municípios. Espero que as idéias discutidas saiam de fato do campo das idéias e tornem ações sociais de impacto na nossa sociedade. Ainda no dia 06, tivemos discussões sobre Juventude LBGT, Mercado de Trabalho para o cidadão LGBT e uma esclarecedora palestra sobre “Estado Laico” com Daniel Souto Maior, da ONG Brasil para Todos de São Paulo.

No Sábado, 07/11, fomos agraciados com a palestra da Doutora em Antropologia Regina Facchini que abordou as questões sobre "Gênero e Heteronormatividade", logo após, tivemos uma mesa redonda sobre Diversidade Sexual com Clara Cavalcanti, Lula Ramires, Carla Machado e Anselmo Figueiredo, ainda no dia 07, tivemos um bate papo polêmico sobre Mídia LGBT e finalizando a programação do dia, foram apresentadas as propostas das discussões dos grupos das cidades participantes.

No Domingo, aconteceu a "III Parada do Orgulho Gay de Piracicaba", cheguei à concentração um pouco cedo, pois ajudei na organização dos últimos detalhes. Creio que haviam por volta de umas três mil pessoas na praça, mas a multidão não parava de chegar, o numero de participantes aumentavam a cada minuto. O tempo estava fechado e ameaçou a chover, foram apenas alguns pingos para refrescar o público. No final da festa, a polícia contabilizou mais de 30 mil pessoas nas ruas, numero que surpreendeu todos da organização. Foi uma festa linda, a ONG Casvi está de parabéns pelo show da diversidade promovido em Piracicaba.

terça-feira, 10 de novembro de 2009

Vá ao Teatro

O Governo do Estado de São Paulo, em parceria com a Associação Paulista dos Amigos da Arte (APAA), estão realizando, até o dia 13 de Dezembro de 2009, na cidade de São Paulo, a campanha “Vá ao Teatro”. A ideia é estimular que as pessoas assistam aos espetáculos que estão em cartaz, ajudando assim na formação de plateia e na difusão cultural. Os ingressos disponibilizados pela produção dos espetáculos serão vendidos a um valor de R$ 5,00 (cinco reais).

As produções participantes garantem um mínimo de 10% da lotação da sala de apresentação para a campanha. Os ingressos do Vá ao Teatro só são encontrados nas bilheterias da campanha no Poupatempo de Itaquera, Santo Amaro e São Bernardo do Campo, além dos pontos de venda do Ingresso Rápido e da bilheteria móvel que vai circular pela cidade.

Entre os espetáculos participantes estão:

Avenida Q

Baseado na idéia original de Lopez e Marx, o espetáculo conta com humor, a história de Princeton, um jovem recém formado, em NY, que projeta viver na Avenida A(onde vivem os ricos), mas acaba se mudando para a Avenida Q, com pouco dinheiro e cheio de sonhos. Genero: Comedia Musical. Recomendado a partir de 14 anos. Autor: Jeff Whitty Direção: Charles Moeller e Cláudio Botelho Elenco: André Dias, Sabrina Korgut, Cláudia Neto, Fred Silvera, Mauricio Xavier, Renato Rabelo, Renata Ricci e Gustavo Klein Teatro: Procópio Ferreira – Rua Augusta, 2823 – Jardins (11) 3083.4475 Quinta a Sabado, 21hs. Domingo, 19hs.

AS PONTES DE MADISON

A emocionante história de amor entre Francesca e Robert, que em apenas quatro dias vivem uma avassaladora paixão e, depois, um longo desencontro, preenchido por raro e intenso amor. Genero: Romance. Recomendado a partir de 14 anos. Autor: Robert James Waller Direção: Regina Galdino Elenco: Marcos Caruso, Jussara Freire, Luciene Adami e Paulo Coronato Teatro Renaissance - Alameda Santos, 2233 - (11) 3069.2285/2286 Sexta 21.30hs, Sabado 21hs, Domingo 19hs.

DE ARTISTA E LOUCO TODO MUNDO TEM UM POUCO

A história de uma mãe super protetora, que coloca o filho em situações complicadas com sua namorada, com a ajuda de um carteiro maluco. Autor: Ronaldo Ciambroni Teatro: Bibi Ferreira - AV: Brigadeiro Luiz Antonio,931 - Bela Vista Telefone: 3105-3129 Sabado e Domingo, 23.59hs.

DETERMINADAS PESSOAS - WEIGEL

A peça narra a trajetória de Heléne e seu parceiro Bertold Brecht exilados por vários países da Europa durante a chegada de Hitler ao poder. Genero: Drama. Recomendado a partir de 16 anos. Autor: Esther Goes e Ariel Borghi Direção: Ariel Borghi Elenco: Esther Góes, e participacao especial de Ariel Borghi Tetaro Alfa - Rua Bento Branco de Andrade Filho, 722 (11) 5693.4000 Sabado, 21hs. Domingo, 20hs.

I LOVE NEIDE!

Na peça Eduardo Martini encarna a personagem Neide Boa Sorte, que saiu de uma “brincadeira” no programa HEBE do SBT, uma psicóloga que destila todo o seu bom mau humor quando trata de assuntos como a sinceridade feminina, casamento, família, comportamento, etc. Autor: Marcelo Saback e Pablo Diego Teatro Uniao Cultural - Rua Mario Amaral, 209 - Paraiso - (11) 2148.2900/04/05 Sexta, 21.30hs. Sabado, 21hs. Domingo, 20hs.

segunda-feira, 9 de novembro de 2009

Homofobia da Policia de Santo André

A 5ª Parada do Orgulho LGBT de Santo André, que ocorreu neste domingo (08), foi marcada pela intolerância por parte da Polícia Militar. Durante a dispersão, os manifestantes foram ameaçados com armas e bombas de efeito moral. Ao tentar diálogo com as autoridades, o coordenador de políticas para a diversidade sexual do Estado de São Paulo, Dimitri Sales, foi atingido no rosto por spray de pimenta.

Marcada para as 13h, a Parada começou com duas horas de atraso, devido à negociação entre a ONG ABCDS (Ação Brotar pela Cidadania e Diversidade Sexual) – organizadora da manifestação – e a PM, para permitir que os trios elétricos participassem do trajeto. A liberação não foi concedida e o público seguiu em silêncio o trajeto de 5 km. Segundo o jornal Diário do Grande ABC, a vice-prefeita de Santo André, Dinah Zekcer, estava presente e foi contra a decisão da PM: "Se tinha alguma coisa errada, devia ter sido avisada antes."

A partir 18h, quando estava prevista a dispersão, policiais militares lançaram tiros de escopeta para o alto, batiam cassetetes e distribuíram bombas de efeito moral na direção dos participantes.

Ao tentar defender um manifestante que tinha seu pescoço agarrado por um policial, Dimitri Sales, membro da Secretaria da Justiça e da Defesa da Cidadania do governo de São Paulo, teve uma escopeta apontada para seu peito e o rosto atingido por spray de pimenta. “Não havia resistência para sair. O próprio Capitão Wlamir André Luis, responsável pela segurança da Parada, concordou que estávamos dialogando cordialmente quando a PM iniciou a agressiva. Foi totalmente desnecessário” disse Dimitri.

O assessor jurídico da Coordenadoria de Assuntos da Diversidade Sexual da cidade de São Paulo (CADS), Gustavo Menezes, também foi vítima do spray: “Tentava fotografar o policial que agrediu o Dimitri, pois ele estava sem a identificação. Quando de repente o mesmo apontou o spray a menos de 5 cm dos meus olhos e disparou” afirma o advogado.

Ambos prestaram depoimento no Comando Geral da Polícia Militar e um inquérito foi aberto para averiguar os abusos. “Ficamos horas agonizando, sem poder enxergar. Assim que possível, acionamos o Cel. Álvaro Camilo (comandante-geral da Polícia Militar do Estado de SP) que prometeu acompanhar o caso”, acrescentou Dimitri.

Em entrevista à reportagem local, o Capitão Wlamir justifica a ação da Polícia Militar como necessária, pois alguns participantes invadiram residências e postos de gasolina e outros se negavam a liberar a avenida no horário, e declarou ainda que a polícia só usou "meios moderados".

“Hoje, temos certeza de que nosso policiamento tem uma ideologia homofóbica” disse Marcelo Gil, presidente da ONG ABCDS. Horas antes do tumulto, o militante chorou ao anunciar que a 5ª Parada do Orgulho LGBT de Santo André não teria trios elétricos.

Por volta das 14h30, a PM sugeriu que os caminhões ficassem parados com o som ligado na Avenida Industrial, onde já ocorria a concentração de público desde as 12h, porém, a vizinhança da região não permitiu. Em protesto ao veto, um grupo com aproximadamente 5 mil pessoas marchou até à Avenida Firestone, destino do encerramento. Os trios foram escoltados pela PM até a avenida e tiveram o som permitido instantes antes do horário previsto para o término da manifestação.

O conflito entre PM e a Parada do Orgulho LGBT de Santo André já não é novidade. Em 2008 a polícia também proibiu de última hora a participação de trios e foi acusada pela organização de negligência, não prestando a devida segurança para os participantes. Mesmo assim, nenhum incidente foi registrado.

quinta-feira, 5 de novembro de 2009

Diversidade em Piracicaba

Entre os dias 05/11 a 08/11, acontecerão os eventos em comemoração a diversidade na região de Piracicaba, evento que nesse ano conta com o “I Encontro LGBT de Piracicaba e Região” abordando questões sobre “Homofobia X Diversidade”. A abertura das atividades acontecerá hoje (05/11), ás 19h30, no Salão Nobre da Câmara de Vereadores de Piracicaba.

Participarei de toda a programação, inclusive da Festa Pré-Parada que acontecerá na boate E-Dub, onde o Pedro Pitanga da Rádio Omega Hitz estará com a unidade móvel da rádio com transmissão ao vivo pela internet. Ouçam a rádio, participem dos eventos e prestigie a parada, a militância agradece.

Programação:

05/11/2009 – Salão Nobre da Câmara de Vereadores de Piracicaba

19h00-19h30: Credenciamento e Cofee-break

19h30-20h00: Solenidade de Abertura (prefeitura de Piracicaba, secretarias municipais de Educação, Saúde, Cultura, Turismo, Segurança Pública, Câmara de Vereadores)

20h00-20h20: Apresentação da esquete teatral: Quem não vê, com Núcleo de Teatro da ONG Casvi

20h20-20h30: Apresentação da enquete sobre Homofobia no município de Piracicaba, realizada pela ONG Casvi entre maio e setembro de 2009.

20h30- 22h00: Formação de mesa política para discussão sobre Homofobia em Piracicaba e região (Renato Simões, autor da lei estadual 10.948-01 / vereadores de Piracicaba, Limeira, Araras e Americana/ ONG Casvi / Diretoria Regional de Ensino / prefeitura do município de Piracicaba)

OFICINAS, PASSEIO E FESTA DA 3ª PARADA – 06 e 07/11

Oficinas de vídeo com Filo Comunicação, Educação e Arte – Dias 06 e 07/11, das 10h00 ás 12h00 e dia 08/11, das 14h00 às 15h30.

Oficina Corporal na linha Reichiana, com Victor Azenha (Joana Darc)

Passeio pela Rua do Porto – Sábado, dia 07/11, das 10h00 às 12h00

Festa da 3ª Parada LGBT de Piracicaba – Dia 07/11, 23h30 na boate EDUB CLUB

06/11/2009 – Palestras e Debates

13h30-14h00: Atividade Cultural de integração entre os participantes do evento (Ciranda e percussão)

14h00-15h00: Discussão em subgrupos sobre homofobia nos municípios participantes (levantamento de demandas)

15h00-16h30: Conversa Afiada – Juventude LGBT (ONG Casvi/ E-Jovem/ ONG Visibilidade LGBT/ Diversitas)

16h30-16h45: Café com MPB – Natália (voz e violão)

16h45-18h00: Conversa Afiada – Mercado de Trabalho e LGBT (Sindicato dos Bancários de Piracicaba e Região / Secretaria Municipal de Trabalho e Renda / ONG Casvi / CONESPI)

18h00-20h00: Jantar para os participantes não residentes em Piracicaba com bolsa alimentação (Hotel Nacional INN)

20h00-22h00: Palestra e debate: Estado laico, com Daniel Souto Maior, da ONG Brasil para Todos de São Paulo

07/11/2009 – Palestras e Debates

13h30-14h00: Apresentação da esquete Nhá-Borrachuda, com Núcleo de Teatro da ONG Casvi

14h00-15h30: Palestra sobre Gênero e Heteronormatividade com Regina Facchini

15h30-17h00: Mesa sobre Diversidade Sexual com Clara Cavalcanti, Lula Ramires, Carla Machado, Yanca, Anselmo Figueiredo

17h00-17h30: Lanche e Café

17h30-18h30: Conversa Afiada sobre Mídia e LGBT (A Capa/ Jornal de Piracicaba/ A Tribuna/ TV Mix-Limeira/ TV Beira Rio / Comunicação Social da Prefeitura de Piracicaba / ONG Casvi)

18h30-19h30: Palestra sobre Movimentos Sociais e Movimento LGBT, com Julian Rodrigues do Grupo Corsa

19h30-20h30: Apresentação de propostas para inserção de ações em prol da Cidadania LGBT (Educação, Saúde e Cultura) com Genésio Silva, Lula Ramires e Anselmo Figueiredo.

20h30: Encerramento do Encontro - Samba de Roda

08/11/09 - 3ª Parada LGBT de Piracicaba

Concentração: 15h30 – Praça São Vicente de Paula (próxima ao Teatro Municipal)

terça-feira, 3 de novembro de 2009

A Antropologia Perde seu Mestre: Levi Strauss Morre aos 100 Anos

Morreu nesta terça-feira (03/11), aos 100 anos de idade, Claude Lévi-Strauss, antropólogo e filosofo francês, um dos maiores nomes da antropologia contemporânea. Lévi-Strauss lecionou na Universidade de São Paulo nos anos 30, onde realizou seus primeiros estudos de etnologia entre populações indígenas, trabalho que desenvolveu ao longo da vida e que o transformou num clássico obrigatório das ciências humanas.

Nascido em Bruxelas, na Bélgica, Lévi-Strauss foi um dos grandes pensadores do século 20. Ele, que completaria 101 anos no próximo dia 28, tornou-se conhecido na França, onde seus estudos foram fundamentais para o desenvolvimento da antropologia. Filho de um artista e membro de uma família judia francesa intelectual, estudou na Universidade de Paris.

Exilado nos Estados Unidos durante a Segunda Guerra Mundial (1939-1945), Lévi-Strauss foi professor nesse país nos anos 1950. Na França, continuou sua carreira acadêmica, fazendo parte do círculo intelectual de Jean Paul Sartre (1905-1980), e assumiu, em 1959, o departamento de Antropologia Social no College de France, onde ficou até se aposentar, em 1982.

O estudioso jamais aceitou a visão histórica da civilização ocidental como privilegiada e única. Sempre enfatizou que a mente selvagem é igual à civilizada. Sua crença de que as características humanas são as mesmas em toda parte surgiu nas incontáveis viagens que fez ao Brasil e nas visitas a tribos de indígenas das Américas do Sul e do Norte.

O antropólogo passou mais da metade de sua vida estudando o comportamento dos índios americanos. O método usado por ele para estudar a organização social dessas tribos chama-se estruturalismo. "Estruturalismo", diz Lévi-Strauss, "é a procura por harmonias inovadoras".

Suas pesquisas, iniciadas a partir de premissas linguísticas, deram à ciência contemporânea a teoria de como a mente humana trabalha. O indivíduo passa do estado natural ao cultural enquanto usa a linguagem, aprende a cozinhar, produz objetos etc. Nessa passagem, o homem obedece a leis que ele não criou: elas pertencem a um mecanismo do cérebro. Escreveu, em "O Pensamento Selvagem", que a língua é uma razão que tem suas razões - e estas são desconhecidas pelo ser humano. Lévi-Strauss não via o ser humano como um habitante privilegiado do universo, mas como uma espécie passageira que deixará apenas alguns traços de sua existência quando estiver extinta.

Membro da Academia de Ciências Francesa (1973), integrou também muitas academias científicas, em especial européias e norte-americanas. Também é doutor honoris causa das universidades de Bruxelas, Oxford, Chicago, Stirling, Upsala, Montréal, México, Québec, Zaïre, Visva Bharati, Yale, Harvard, Johns Hopkins e Columbia, entre outras.

Aos 97 anos, em 2005, recebeu o 17o Prêmio Internacional Catalunha, na Espanha. Declarou na ocasião: "Fico emocionado porque estou na idade em que não se recebem nem se dão prêmios, pois sou muito velho para fazer parte de um corpo de jurados. Meu único desejo é um pouco mais de respeito para o mundo, que começou sem o ser humano e vai terminar sem ele - isso é algo que sempre deveríamos ter presente".

Obras Fundamentais

TRISTES TRÓPICOS: Mais que um livro de viagem, é um clássico da etnologia (1955). Além de trazer detalhes pitorescos das sociedades indígenas do Brasil, o livro discute as relações entre Velho e Novo Mundo e o significado da civilização e do progresso. Lévi-Strauss desloca parâmetros consagrados e questiona viajantes e cientistas. O mundo dos cadiuéus, bororos, nhambiquaras e dos tupi-cavaíbas revelam seus próprios estilos e linguagens.

ANTROPOLOGIA ESTRUTURAL: Publicada em 1958, a obra reúne artigos que propõem um empréstimo das teorias estruturalistas de Roman Jakobson, lingüista que Lévi-Strauss conheceu nos EUA, para renovar o método antropológico. Ela se divide em cinco partes: Linguagem e parentesco; Organização social; Magia e religião; Arte; e Problemas de método e de ensino. A obra será lançada pela Cosac Naify no dia 11.

O SUPLÍCIO DO PAPAI NOEL: A Cosac Naify lança, também no dia 11, O Suplício do Papai Noel, ensaio de 1952. Lévi-Strauss parte da queima de um boneco de Papai Noel em Dijon, França, em 1951, para analisar, por meio da antropologia estrutural, o significado das festas de fim de ano, a comercialização das datas tradicionais e a influência norte-americana nesse processo.

MITOLÓGICAS: Composta por quatro obras - O Cru e o Cozido (1964), Do Mel às Cinzas (1967), A Origem dos Modos à Mesa (1968) e O Homem Nu (1971) - a série analisa 813 mitos de diferentes povos indígenas do continente americano.

DE PERTO E DE LONGE: Em entrevista para o filósofo Didier Eribon em 1988, o antropólogo faz um balanço sobre sua história pessoal, formação intelectual e conceitos-chave de sua teoria.

HISTÓRIA DE LINCE: Segundo Lévi-Strauss, essa obra (1991) é a última incursão pela mitologia americana. Questões presentes em sua produção de mitólogo são retomadas e esclarecidas.

SAUDADES DO BRASIL: Obra de 1994 reúne fotografias feitas entre 1935 e 1939. Lévi-Strauss se deu conta de que poderia descrevê-las, localizando-as no tempo e no espaço, com auxílio da memória afetiva. Saudades de São Paulo, de 1996, também tem um depoimento em que se revisitam imagens de uma cidade onde o gado convivia com carros e bondes.

OLHAR, ESCUTAR, LER: De 1993, é escrita em tom de conversa, inteiramente dedicada à arte.

O PENSAMENTO SELVAGEM: No livro, de 1962, ele focaliza um traço universal do espírito humano - o pensamento selvagem que se desenvolve tanto no homem antigo como no contemporâneo.