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segunda-feira, 16 de dezembro de 2013

Inclusão e Cidadania: Menina canta em libras para os pais deficiêntes auditivos

Os maiores de exemplos de cidadania e inclusão vem de berço. Fiquei emocionado com o gesto da menina, que pensou exclusivamente no bem estar dos seus pais e fez uma performance em libras para eles, que acabou sendo vista pelo Mundo inteiro.

terça-feira, 19 de novembro de 2013

Agora é Lei: Dia Municipal de Combate à Homofobia no Município de São Paulo

Agora é lei. Desde a última quinta-feira, 14 de novembro, o município de São Paulo tem oficialmente seu Dia Municipal de Combate à Homofobia. O projeto do vereador Floriano Pesaro (PSDB-SP) que cria o Dia Municipal de Combate à Homofobia, Lesbofobia e Transfobia, a ser comemorado em 17 de maio, foi promulgado. 

O dia 17 de maio foi escolhido porque neste dia, em 1990, a Organização Mundial de Saúde tirou o homossexualismo do CID - Classificação Internacional de Doenças, declarando que as relações homoafetivas não se caracterizam como distúrbios mentais. Agora o Dia faz parte do Calendário Oficial de Eventos da Cidade de São Paulo. 

Abaixo a íntegra do documento: 

LEI Nº 15.900 DE 11 DE NOVEMBRO DE 2013
(PROJETO DE LEI Nº 128/12) 
(VEREADOR FLORIANO PESARO - PSDB) 

Altera a Lei nº 14.485, de 19 de julho de 2007, com a finalidade de incluir no Calendário Oficial de Eventos da Cidade de São Paulo o Dia Municipal de Combate à Homofobia, Lesbofobia e Transfobia, a ser comemorado no dia 17 de maio e dá outras providências. 

José Américo, Presidente da Câmara Municipal de São Paulo, faz saber que a Câmara Municipal de São Paulo, de acordo com o § 7º do artigo 42 da Lei Orgânica do Município de São Paulo, promulga a seguinte lei: 

Art. 1º Fica acrescido inciso ao art. 7º da Lei nº 14.485, de 19 de julho de 2007, com a seguinte redação: 

“17 de maio: o Dia Municipal de Combate à Homofobia, Lesbofobia e Transfobia, a ser comemorado com o objetivo de combater o preconceito e conscientizar a sociedade sobre a importância da igualdade de direitos.” 

Art. 2º Esta lei entra em vigor na data de sua publicação, revogadas as disposições em contrário. 

Câmara Municipal de São Paulo, 12 de novembro de 2013.

segunda-feira, 21 de outubro de 2013

segunda-feira, 19 de agosto de 2013

Documentário revela trajetória da escritora Cassandra Rios

Com lançamento previsto para 31 de agosto, o documentário “Cassandra Rios: a Safo de Perdizes” promete ser um documento sobre uma das homossexuais maisexpressivas do País.

Perseguida pela ditadura militar, sob alegação de pornografia, a paulistana Cassandra Rios é relembrada nas telas pela realizadora Hanna Korich. O documentário, selecionado em concurso do ProAC (Programa de Ação Cultural), da Secretaria de Estado da Cultura de São Paulo, traz depoimentos de pessoas que, de alguma forma, fizeram parte da vida de Cassandra, como a sobrinha Liz Rios, a atriz Nicole Puzzi, a escritora Lúcia Facco, o editor Maxim Behar, o presidente da Comissão de Direitos Humanos da OAB/SP, Dr. Martim Sampaio, entre outras personalidades.

Um dos objetivos do documentário, de acordo com Hanna Korich, é retratar os momentos mais importantes da carreira da escritora, mostrando seu embate com as forças da censura e sua velhice solitária, e o avanço do reconhecimento das minorias sexuais. “Ela chegou a presenciar as primeiras Paradas LGBT de São Paulo”, lembra a realizadora, que acrescenta: “É também uma homenagem à sua ousadia e pioneirismo para as lésbicas brasileiras.”

O projeto de “Cassandra Rios: a Safo de Perdizes” nasceu do desejo de não apenas relembrar a trajetória da escritora, mas também apresentá-la às gerações atuais. “Cassandra foi a primeira autora a abordar o lesbianismo de forma aberta na literatura brasileira, tendo começado a publicar em 1948, e a primeira também – espantosamente – a falar da mulher como um ser sexual, que tinha desejo”, conta Hanna. Para a realizadora, o documentário é dirigido “a todos os jovens que nunca ouviram falar dela e também aos mais velhos, que lembram mas faz tempo que não pensam nela”. “Está mais do que na hora de começarem a repensar a contribuição heroica que essa mulher fez ao movimento LGBT e à literatura em geral”, defende.

Outro importante aspecto abordado no documentário é o fato de Cassandra Rios ter sido perseguida durante a ditadura militar. Como destaca Hanna Korich, “Cassandra Rios foi a escritora brasileira mais censurada pela ditadura, com 36 livrosapreendidos, o que levou à sua bancarrota e ao fechamento de sua livraria”. A realizadora acrescenta que Cassandra não teve apoio nem mesmo dos intelectuais. “Ela teve o apoio de poucos, como Jô Soares, que a entrevistou em 1990, e de Jorge Amado, que a considerava ótima escritora”, revela Hanna.

Bestseller absoluta nas décadas de 60 e 70, com mais de um milhão de exemplares vendidos de uma obra, Cassandra Rios faleceu em São Paulo, aos 69 anos de idade, em 8 de março de 2002. “Cassandra Rios: a Safo de Perdizes” traz à tona a audácia da escritora durante os anos de chumbo e sua importância para a literatura brasileira.

Um dos depoimentos mais emblemáticos é o da sobrinha de Cassandra, Liz Rios, que revela que a censura teve um impacto enorme sobre a carreira da paulistana, autora de títulos como “A Tara”, “Tessa, a Gata”, “Volúpia do pecado”, “A paranoica”, entre outros.

Importante também é a entrevista com o advogado e representante da Comissão de Direitos Humanos da OAB-SP, Dr. Martim Sampaio, que declara que já enviou ofícios àscomissões da verdade denunciando as perseguições descabidas à Cassandra, e o depoimento de Eliane Robert Moraes, professora de Literatura Brasileira da USP, crítica literária e escritora, que entrevistou Cassandra para uma revista feminista, a “Mulherio”, e conta que ficou impressionada com a ousadia e amargura da autora.

 

quarta-feira, 31 de julho de 2013

Contribua para o documentário sobre Relacionamento Aberto

Fabrício Viana, escritor e bacharel em psicologia, tem até o dia 20/08/2013 para arrecadar R$ 8 mil para a produção de um documentário sobre Relacionamento Aberto. Para que este valor seja atingido, Viana utiliza o sistema de doações do site Catarse.Me. “O site é baseado em financiamento coletivo, você entra no link do documentário, clica no botão APOIAR ESTE PROJETO e faz a doação online no valor que quiser.”, explica Viana. 

Quem doar R$ 30,00 ou mais, terá seu nome nos créditos finais do filme. Quem doar R$ 100,00 ou mais, além dos créditos no final do filme ganhará de presente um DVD do documentário autografado. Para empresas e ONGs que desejarem ter sua logomarca no início do filme e no site do documentário, poderá fazer sua doação de R$ 2.500,00 (com limite de até 6 apoiadores). 

“A ideia é que as pessoas ajudem com qualquer valor. Se você só pode R$ 5, ótimo. Se só pode R$ 10, ótimo também. E não só com grana, mesmo já tendo algumas pessoas em mente, preciso de mais contatos para entrevistar, divulgar o projeto em sites e blogs. Estou correndo contra o tempo e toda a ajuda é bem vinda.”, explica Viana. 

Para apoiar o projeto, basta entrar no site do Catarse e clicar me apoiar este projeto. Se você não quer ter seu nome divulgado, na hora do apoio, escolha a opção manter anonimato: mesmo que você se identifique durante a transação, seu nome não será exposto. Se quiser fazer sua doação sem passar pelo Catarse.Me, basta escrever diretamente para o autor. “Eu prefiro que tudo seja feito pelo site Catarse.me, pois se o valor não for atingido, a grana é devolvida e o documentário não é realizado. E eu quero muito produzir! Precisamos mostrar pra sociedade que existem outras formas de se relacionar que não seja apenas a tradicional, aprendida, reproduzida e repassada sem questionamentos”, finaliza Viana. 

quinta-feira, 25 de julho de 2013

Espetáculo Dama da Noite em nova temporada em São Paulo

O monólogo “Dama da Noite”, texto de Caio Fernando Abreu, retorna a São Paulo para sua segunda temporada a partir de 03/08 , as 21h, e permanece em cartaz sempre aos sábados ate o final de Setembro ( 28/09) no Espaço Cultural Pinho de Riga.

O ator Luiz Fernando Almeida encarna a personagem e as angústias de um ser humano que não se sente inserido no mundo que vê e vive. O espetáculo tem direção de Andre Leahun.

Em um cenário que é uma residência, mas que pode ser também um clube ou o que a imaginação do público desejar, a “Dama da Noite” não se limita à atuação e instiga um diálogo com seu público em clima intimista.

O premiado espetáculo mostra ao público um conto do escritor que, mesmo depois de sua morte, faz sucesso nas redes sociais com frases de várias de suas obras compartilhadas pelos usuários. 

Serviço: 

Dama da Noite 
Sábados de Agosto e Setembro de 2013 às 21:00 
Ingressos: $ 20 ( inteira) $10 ( meia) $5 moradores do Bixiga. 
Espaço Cultural Pinho de Riga
Rua Conselheiro Ramalho, 599 Bela Vista - Centro (11) 9 6373-7090

sexta-feira, 12 de julho de 2013

Steve Grand lança clipe com romance gay

O clipe de “All-American Boy”, Todo Garoto Americano, do cantor country Steve Grand está parando tudo nos EUA. Lançado esta semana, é o primeiro clipe abertamente gay de um cantor da música country pop dos EUA.

Na música, ele canta “seja o meu garoto americano essa noite” de um jeito que provavelmente muitos amantes de country music nunca imaginariam ouvir. 

Na página de Facebook, Steve é bem ativista da causa homossexual. Ele afirma que o mundo não mudou tanto nos últimos anos e que precisamos ver mais honestidade.

Precisamos de mais personalidades LGBT, que militem na garantia dos Direitos Humanos. Concordo com o Steve quando ele afirma que não houve muitas mudanças no mundo, conforme avançamos na garantia dos Direitos LGBT, o fundamentalismo também tem avançado, o que não nos dá um saldo muito positivo.

segunda-feira, 8 de julho de 2013

O Quilombo da Barra Funda está em festa! Camisa Verde e Branco celebra seus 100 anos

Ontem fui na celebração que abriram as comemorações dos 100 anos de história da Camisa Verde e Branco. O início remonta a 1914, quando foi criado o "Grupo Carnavalesco Barra Funda", liderado por Dionísio Barbosa, filho de escravos e um dos primeiros negros a nascerem livres no Brasil. Nesse grupo carnavalesco, os homens saíam pelas ruas do bairro da Barra Funda vestidos de camisas verdes e calças brancas.

Durante o Estado Novo, os integrantes do Grupo Carnavalesco Barra Funda foram confundidos com simpatizantes da Ação Integralista Brasileira, partido político de Plínio Salgado, e por isso perseguidos pela polícia de Getúlio Vargas, até deixarem de desfilar em 1936. De certa forma, para época, esse grupo era considerado um Quilombo urbano devido às características e costumes de seus integrantes.

Foi uma festa muito bonita, com a presença do Grupo de percussão feminina Ilú Obá de Min. Gostei muito da temática que destaca a história do Bairro da Barra Funda e a valorização da Cultura Negra. Nesse Carnaval de 2014 para entrar na passarela do samba, a Camisa Verde e Branco pedirá a licença a todos os Orixás, Deuses, Santos e aos Mestres Dionísio Barbosa, Seu Inocêncio Tobias, Dona Sinhá e Carlos Alberto Tobias, pois o Quilombo está em festa e a Camisa Verde e Branco celebra 100 anos de história.

quarta-feira, 3 de julho de 2013

Tem alguém que nos odeia

O suspense "Tem alguém que nos odeia" estreia dia 17 de julho na sala experimental do Teatro Augusta, para temporada até 03 de outubro. Texto de Michelle Ferreira recebe direção de José Roberto Jardim. No elenco estão Ana Paula Grande e Bruna Anauate. 

O texto escrito em 2011, aborda a relação privada e amorosa de duas mulheres, Maria, brasileira, e Cate, estrangeira, que decidem morar juntas em São Paulo. Dentro do antigo e decadente apartamento – herdado por Maria – elas vivem em conflito. Em meio a esse ambiente turbulento, a violência e horror batem a sua porta, invadindo o seu lar. Elas, então, se veem obrigadas a enfrentar agressões físicas e psicológicas de algum homofóbico do prédio, que se torna um inimigo invisível e constantemente presente. 

Num clima de suspense e desconfiança, elas lidam com a impunidade da justiça brasileira, com uma moradora que as considera um mau exemplo, com um padre que as tenta convencer de que são grandes pecadoras, com uma síndica que nada pode fazer e com suas angústias pessoais. A peça coloca em xeque a temática da tolerância, da coexistência entre diferentes grupos, os protocolos sociais, a justiça, religião e o papel de cada indivíduo diante das questões públicas.

Serviço: 

Tem alguém que nos odeia
Gênero: Suspense
Estreia dia 17 de julho, às 21h, no Teatro Augusta – Sala Experimental
Temporada: quartas e quintas, às 21h. Até dia 3 de outubro
Duração: 70 minutos
Capacidade: 35 lugares
Censura: 14 anos.

terça-feira, 2 de julho de 2013

FHC no Roda Viva

Ex-presidente e mais novo membro da Academia Brasileira de Letras vem ao centro do Roda Viva falar sobre seu livro mais recente e a situação atual do Brasil.

segunda-feira, 1 de julho de 2013

Eleição do Conselho Estadual LGBT

Fiquei um pouco afastado do blog, por conta da Eleição do Conselho Estadual LGBT, onde disputei por uma vaga no segmento de gays. Foram dias corridos, onde tive que me dividir entre a campanha e o meu trabalho na Câmara de Vereadores.

Infelizmente não consegui pegar uma vaga de suplente, mesmo sendo o segundo gays mais votado do Estado, tendo um total de 22% dos votos da grande São Paulo. Estou analisando a possibilidade de entrar com um pedido de revisão no critério de distribuição de vagas, pois me senti prejudicado em ver gays que tiveram pouco mais de décimo da minha votação, ocupando cadeiras.

Tenho ciência que devemos respeitar a representatividade regional, mais também existe a representatividade dos votos e provei nas urnas que tenho o apoio da Comunidade LGBT em São Paulo, local onde se concentra um agenda ativa do Movimento LGBT e que justificaria a permanência de dois gays como suplente, até mesmo pelo fato da processo não ter sido esvaziado na Grande São Paulo, o que infelizmente aconteceu no interior.

Gostaria de agradecer muito todos os votos que obtive, fiz uma campanha intensa no Facebook e tenho certeza que muitos dos leitores do blog acompanharam esse processo e me deram o seu voto de confiança.

sexta-feira, 10 de maio de 2013

“Raça” estreia dia 17 de maio no Brasil em circuito nacional

O documentário longa-metragem “Raça”, do cineasta brasileiro Joel Zito Araújo e da documentarista norte-americana Megan Mylan, ganhadora de Oscar®, chega às telas brasileiras em maio. Além da pré-estreia paulista agendada para o próximo dia 13, para convidados, o filme estreia em circuito nacional no dia 17 de maio – em São Paulo, Rio de Janeiro e Brasília.

Numa parceria inédita, os diretores da película doarão a renda obtida pela bilheteria do filme ao Fundo Baobá, entidade voltada à promoção da equidade racial da população negra brasileira e ao apoio a projetos nessa área. “Juntos trabalharemos para que o filme promova uma reflexão nacional sobre a desigualdade racial e a identidade racial do país” – afirma Joel Zito Araújo.

O filme é resultado da amizade entre Joel Zito Araújo e Megan Mylan iniciada na década de 1990. Mas foi em 2004 que surgiu a ideia de dirigirem um filme juntos. Assim surgiu a coprodução “Raça”, entre Brasil e Estados Unidos, filmada de 2005 e 2011.

A obra capta o debate sobre a busca da superação da desigualdade racial no Brasil com cenas inéditas dos bastidores do Congresso Nacional e do Supremo Tribunal Federal no início deste século. Para registrar esse momento histórico em que o debate racial se tornou constante na mídia e no discurso público, os diretores acompanharam de perto três personalidades negras que estavam – cada uma a sua maneira – na linha de frente dessa batalha pela igualdade.

Entre elas, está o senador Paulo Paim – com seu esforço para sancionar a lei do “Estatuto da Igualdade Racial” no Congresso Nacional, em Brasília. Paim é autor do projeto original que demorou quase uma década para ser aprovado.

O documentário também apresenta a luta de Miúda dos Santos – neta de africanos escravizados e ativista quilombola – pela posse das terras e pelo respeito às suas tradições ancestrais da Comunidade Quilombola de Linharinho, no Espírito Santo. Junto com os moradores da região, Miúda briga contra um gigante do ramo da celulose, a empresa Aracruz.

“Raça” mostra ainda os bastidores da trajetória do cantor, apresentador e empresário Netinho de Paula durante todo o processo de criação e tentativa de consolidar seu canal TV da Gente. Fundado em 2005, no interior de São Paulo, o canal formado majoritariamente por profissionais negros foi idealizado pelo artista. O filme teve sua primeira exibição como Hors Concours na Mostra Première Brasil, durante o Festival de Cinema do Rio de Janeiro, em outubro de 2012.


sexta-feira, 3 de maio de 2013

Luiz Mott fala sobre Homofobia, Direitos para população LGBT e Marco Feliciano na CDHM

Luiz Mott, Antropólogo, historiador e fundador do Grupo Gay da Bahia, gentilmente cedeu uma entrevista ao Passageiro do Mundo, onde aborda a questão de Direitos para a população LGBT, homofobia e a polêmica de Marco Feliciano na presidência da Comissão de Direitos Humanos e Minorias. 

Decano do Movimento LGBT, Mott é referência mundial na questão de luta pelos direitos da população LGBT. Dedicou grande parte do seu trabalho a pesquisas de sexualidade e gênero, tornando-se uma fonte, quase que obrigatória, para todos aqueles que fazem referências acadêmicas nessa questão. 

Passageiro - Como foi o seu ingresso na Militância LGBT? Quais eram as prioridades e as principais bandeiras de luta naquela época? 

Luiz Mott - Tinha recém mudado para a Bahia, em 1980, quando fui covardemente esmurrado por um homofóbico ao me ver abraçado com meu companheiro num por do sol no Farol da Barra. Fiquei revoltado, procurei um policial em vão. Foi esse murro que despertou minha consciência de militante gay. 

Tinha sido seminarista dominicano durante toda minha adolescência, e ao sair do convento, optei pelas Ciências Sociais, e pela antropologia em particular, pois mantive mesmo depois como ateu, o mesmo sentimento humanista inspirado no cristianismo. Nos primórdios do movimento homossexual, nossas principais bandeiras eram sair do armário, fundar grupos por todo o Brasil, lutar contra a homofobia manifesta na imprensa, que insistia em nos rotular de doentes e marginais, usando termos vulgares para se referir a nossa comunidade. 

Passageiro - E como se deu a fundação do Grupo Gay da Bahia? Quais as principais áreas de atuação do GGB? 

Luiz Mott - 1980 foi um ano emblemático no Brasil, no final da ditadura militar: data da fundação do PT, Olodum e GGB. O Movimento Homossexual Brasileiro havia sido fundado em 1978, com o Grupo Somos de São Paulo e o Jornal “O Lampião”. Percebi que era o momento de mobilizar os homossexuais baianos para nos organizarmos. Fundamos então o Grupo Gay da Bahia no carnaval de 1980, que desde sua origem teve como objetivo lutar contra qualquer manifestação de homofobia, divulgar informações corretas sobre homossexualidade e mobilizar a comunidade LGBT para defender sua cidadania plena. 

Desde sua fundação, o GGB foi protagonista das mais importantes conquistas do movimento LGBT nacional: liderou em 1985 a campanha nacional que retirou o “homossexualismo” da condição de desvio e transtorno sexual; foi a primeira ONG/LGBT a se registrar como entidade civil e obter o status de utilidade pública municipal; foi pioneira na prevenção da Aids e fundou diversas outras ONGs, como a Associação de Travestis de Salvador, o Grupo Lésbico da Bahia, o Quimbanda Dudu de Negros Gays, entre outras. 

Passageiro - O que falta no Brasil para que a homossexualidade não seja mais vista, por setores fundamentalistas, como um desvio de comportamento? 

Luiz Mott - Lastimavelmente o Brasil é um país extremamente contraditório para os LGBT: em seu lado cor de rosa, abriga a maior parada LGBT do mundo, tem a maior associação LGBT da America latina, já aprovou o casamento homoafetivo, porem, tem seu lado vermelho sangue, representado pelos cruéis assassinatos de gays e travestis. A cada 26 horas registra-se um “homocídio”, 338 em 2012, 86 só neste início de ano. Metade dos assassinatos homofóbicos do mundo são cometidos no Brasil. Herdamos da Inquisição e escravidão essa sangrenta homofobia, infelizmente atualizada pelos sermões homofóbicos dos fundamentalistas evangélicos e católicos, cada vez mais poderosos no Parlamento e que fizeram a Presidenta Dilma refém de seu projeto teocrático de dominação de nosso país. 

Além da homofobia cultural, que fragiliza e vulnerabiliza os LGBT, dominando o imaginário dos assassinos de gays, sofremos da homofobia governamental da atual presidenta – chamada de Dilmofóbica nas listas LGBT e vaiada de norte a sul nas Paradas Gays – que vetou a distribuição do kit antihomofobia, que deveria ter capacitado mais de 6 milhões de jovens no respeito a diversidade sexual. 

Passageiro - Porque os fundamentalistas são tão homofóbicos? 

Luiz Mott - Desde os tempos da Inquisição, o amor que não ousava dizer o nome foi perseguido pelo Rei e pela Igreja. Chamavam aos sodomitas de “filhos da dissidência”. E de fato, o estilo de vida dos homossexuais e transexuais sempre foi uma ameaça ao conservadorismo familista do antigo regime, na medida em que os gays baseiam suas alianças no tesão e paixão, diferentemente das uniões heterossexuais, baseadas na aliança e controle das família: Matrimôni/Parimônio. 

Ainda hoje em dia, os LGBT são a última tribo romântica do mundo, pois lutamos pelo direito de se casar enquanto a maioria dos heterossexuais estão se divorciando, vivendo apenas amizades coloridas, “ficando”. Homossexualidade é vista pelos conservadores como uma anarquia perigosa que mina os alicerces da obediência cega dos filhos aos pais, ameaçando a tradição patriarcal. Acresce-se o fato de que LGBT em principio não reproduzem, e deixarão de nascer novos fundamentalistas, o que não interessa às religiões que precisam das novas gerações para continuar sua cruzada familista tradicional. 

Passageiro - Por que não avançamos o quanto deveríamos em relação às políticas públicas LGBT? 

Luiz Mott - É notório que nos últimos anos o antigo MHB, hoje MLGBT foi maciçamente cooptado pelo partido governista, e apesar de muitas lideranças homossexuais estarem trabalhando em órgãos federais, estaduais e municipais, infelizmente o governo não está conseguindo resolver nossa prioridade máxima: sobreviver aos “homicidios” e à Aids. 

O Governo não tem sequer habilidade para criar um banco de dados sobre assassinatos de LGBT: é o GGB quem há décadas faz tal levantamento, disponibilizado no blog “Quem a homofobia matou hoje” com atualização diária sobre crimes homofóbicos. Mesmo o tal Disk 100, que registrou 4.614 denúncias de homofobia em 2011 (cadê os dados de 2012 e 2013?), lastimavelmente não implementou nenhuma ação eficaz para diminuir tal calamidade. Portanto, as políticas públicas LGBT são poucas, tímidas, ineficazes. Falta vontade política e “savoir faire”, inteligência estratégica governamental para erradicar esse cancro que de nosso país, onde são mortos mais homossexuais do que em todos os países muçulmanos onde há pena de morte contra os LGBT. 

Passageiro - Como você vê a eleição de Marco Feliciano para a presidência da CDHM?

Luiz Mott - Nunca antes na nossa história houve uma mobilização nacional e internacional tão orquestrada contra a homofobia deste indigno presidente da Comissão de Direitos humanos e Minorias da Câmara dos deputados. É fantástica e de altíssimo nível a quantidade de artigos e ensaios escritos contra o pastor Feliciano. As incontáveis fotos de Vips e cidadãos comuns se beijando na boca como protesto continuam pipocando na internet. As manifestações em todas capitais, muitas cidades do interior e do exterior, sempre com o mote FORA FELICIANO é inaudito em nossa história, configurando-se como o maior movimento de massas do século 21, só igualadas pelas lutas Contra a Ditadura, Diretas Já, Fora Collor, do século passado. 

A produção de charges e cartoons fora Feliciano é fantástica: o GGB inaugura em maio, em Salvador uma exposição com 50 caricaturas dos melhores cartunistas brasileiros sobre esse tema. Infelizmente, Feliciano é cria e cota de Dilma e só teve essa visibilidade devido a irresponsabilidade do PT e seus partidos aliados, que após quase duas décadas na condução da comissão de DH, optaram por comissões mais poderosas e midiáticas. Quem pariu Feliciano, que o embale!

quinta-feira, 2 de maio de 2013

Mostra "Fora Feliciano" reúne cartuns e caricaturas no GGB

Segue em cartaz até 31 de maio, na sede do Grupo Gay da Bahia (GGB), no Pelourinho, a exposição Fora Feliciano: Caricaturas e Charges Contra a Homofobia. A mostra, organizada pelo fundador do GGB, Luiz Mott, reúne 50 cartoons de 27 artistas de todo o país, entre eles os cartunistas Simanca e Cau Gomez, do Jornal A TARDE.

De acordo com o GGB, a proposta da exposição é divulgar a indignação nacional com a nomeação do deputado Marco Feliciano à presidência da Comissão de Direitos Humanos e Minorias da Câmara dos Deputados, além de exigir a sua renúncia.

"Que esse registro de nossa história permita não só aos nossos contemporâneos, mas também às futuras gerações, tomar conhecimento que estávamos presentes e ativos nesse momento crucial de luta pela cidadania contra a homofobia, racismo, machismo e intolerância", declarou Mott. 

Além da mostra, uma sessão especial de combate à homofobia será realizada na Câmara Municipal de Salvador no dia 17 de maio, às 9h.

domingo, 28 de abril de 2013

Gays evangélicos lotam inauguração de igreja inclusiva em SP

A Igreja Cristã Contemporânea inaugurou um templo em São Paulo no último sábado (27) atraindo dezenas de evangélicos homossexuais que não se sentem acolhidos nas igrejas mais tradicionais. 

A denominação foi fundada no Rio de Janeiro em 2006 e é liderada pelos pastores Fábio Inácio de Souza e Marcos Gladstone que são homossexuais assumidos e casados. 

Conhecida por ser uma igreja inclusiva, eles não só aceitam homossexuais como promovem eventos voltados para casais gays, encontro de solteiros, balada e ainda realizam a união de pessoas do mesmo sexo. 

Foi usando esta temática que eles trouxeram uma filial para São Paulo, antes de inaugurar este templo no bairro do Tatuapé, zona Leste da capital paulista, eles reuniam cerca de 100 pessoas em salão de festas. 

O slogan da igreja é “Levando o amor de Deus a todos, sem preconceitos” se valendo do tema para atrair cada vez mais fiéis, uma vez que a ideia dos líderes é abrir dez templos na cidade de São Paulo. 

“A meta é fundar mais dez igrejas na capital”, disse o pastor Gladstone. A Igreja Contemporânea tem outros sete templos, um em Minas Gerais e outros seis no Rio de Janeiro. 

Apesar de ganhar destaque na mídia esta não é a primeira igreja cristã inclusiva na cidade, Lanna Holder e Rosania Rocha fundaram em 2011 a igreja Comunidade Refúgio e há outros ministérios menores com o mesmo estilo de pregação.

sábado, 27 de abril de 2013

Prêmio Cidadania em Respeito à Diversidade abre a programação oficial da Parada do Orgulho LGBT

O 17º Mês do Orgulho LGBT de São Paulo inicia na próxima sexta-feira (3) e a abertura da programação será marcada pela noite de entrega do Prêmio Cidadania em Respeito à Diversidade, às 19h, no Theatro São Pedro. Com entrada gratuita, a cerimônia homenageia personalidades, entidades, autoridades políticas e ações culturais que contribuíram para o avanço dos direitos humanos da população LGBT no último ano. Várias atividades oficiais e paralelas movimentam a cidade até o dia 02 de junho, quando mais uma edição da Parada vai ocupar a Avenida Paulista.

O Prêmio é promovido pela APOGLBT (Associação da Parada do Orgulho GLBT de São Paulo) desde 2001, às vésperas da manifestação. Neste ano, a entidade realiza a cerimônia exatamente um mês antes da Parada como forma de destacar sua importância no calendário e dar mais visibilidades aos homenageados. Esta é também a primeira vez em que o evento tem como sede o Theatro São Pedro, espaço centenário considerado patrimônio cultural do Estado e que conta com capacidade para mais de 600 espectadores.

As categorias do Prêmio são: Ação Política, Ação Cultural, Militância, Direito, Justiça, Educação, Esporte, Saúde, Artes Cênicas, Cinema Ficcional, Documentário, TV, Literatura, Imprensa, Publicidade, Internet, Memória, Opinião e Internacional. Para a escolha dos premiados, a APOGLBT fez uma consulta pública através de seu site, entre os meses de janeiro e fevereiro.

A entrega dos troféus será acompanhada pelas apresentações musicais da Camerata Darcos e do grupo Samba de Rainha. Para assistir a cerimônia é necessário confirmar a presença com através do e-mail thiagopremio@paradasp.org.br.

O Theatro São Pedro fica na Rua Albuquerque Lins, 207, Santa Cecília (próximo à estação Marechal Deodoro do metrô). Acompanhe o site da APOGLBT durante a semana para saber quem são os premiados.

Serviço:

13º Prêmio Cidadania em Respeito à Diversidade 
03 de maio – às 19h 
Theatro São Pedro - Rua Albuquerque Lins, 207, Santa Cecília - Entrada gratuita
Acessibilidade para pessoas com deficiência 
Mais informações em www.paradasp.org.br/programacao

quinta-feira, 25 de abril de 2013

Manifestantes fazem beijaço gay em novo ato contra Marco Feliciano

Em mais um dia de protestos contra a permanência do deputado federal Marco Feliciano (PSC-SP) na presidência da Comissão de Direitos Humanos e Minorias da câmara baixa, manifestantes promoveram um beijaço gay e simularam dois casamentos homoafetivos em frente ao Congresso Nacional, em Brasília. Quatro participantes foram detidos pela Policia Legislativa depois de fixarem numa janela do 15º andar do prédio da Câmara uma bandeira com o símbolo do arco-íris. Eles foram conduzidos para prestar esclarecimentos. Feliciano também encontrou militantes pelos corredores da Câmara. Ele deixou ativistas contrários à permanência dele do lado de fora da comissão. Contudo, 60 evangélicos foram autorizados a permanecer com cartazes em sua defesa.

O deputado foi bastante aplaudido ao entrar na comissão. Alguns aliados fizeram discurso de desagravo com ataques aos ativistas. Feliciano chegou a garantir ter recomendado aos seguranças que analisassem o perfil das pessoas pretendendo assistir à sessão da comissão. As críticas do parlamentar foram rebatidas por Antônio José, servidor ligado a entidades rurais. “Isso aqui é uma grande farsa. Eu quase não consegui entrar”.

Ele foi retirado por três seguranças a força, levando empurrões. Feliciano criticou, mais uma vez, os protestos: “Eu sinto que há um desejo de desestabilizar a nossa comissão”. Para o deputado, o tom dos protestos, que chegou a ter palavrões, não é democrático e “não faz parte do comportamento de pessoas de bem”.

Feliciano disse que tentou procurar os parlamentares ligados aos direitos humanos, que deixaram a comissão por sua presença no comando do colegiado: “Não tem acordo. Eles dizem que são extremos”. A Câmara informou que os quatro estudantes serão investigados porque, depois de tentarem colocar uma segunda bandeira na janela de uma das salas, fecharam uma ala onde fica uma copeira.

A Polícia Judiciária da Câmara vai investigar se a copeira ficou trancada ou se a porta foi apenas fechada, sem chave. Os policiais querem saber se houve invasão do ambiente de trabalho dos servidores. Os estudantes não foram presos, apenas foram conduzidos à Polícia Judiciária para prestar depoimento. Mas, eles utilizaram o direito constitucional de ficar calado, sem chegarem a prestar depoimento. Os detidos apenas assinaram o termo de compromisso de comparecimento. Foi aberto o boletim de ocorrência 112/2013. A Polícia Judiciária tem até 30 dias para concluir o caso.

quarta-feira, 24 de abril de 2013

Casamento Homossexual é permito em 14 países

Depois de muita pressão dos fundamentalistas franceses, o Casamento Homossexual foi aprovado no país, com 331 votos a favor e 225 contra. A decisão tornou a França no 14º país a legalizar a união entre homossexuais.

O primeiro país a se declarar favorável a união de homossexuais foi a Holanda, em 2001. Nesses doze anos, os Direitos LGBT caminharam a passos lentos e colocando a Europa como a grande defensora dos Direitos Humanos nessa questão.

Veja abaixo como estão as legislações nesses países:

- Holanda: após ter criado, em 1998, uma união civil aberta aos homossexuais, a Holanda foi, em abril de 2001, o primeiro país a autorizar o casamento civil de pessoas do mesmo sexo. Os direitos e deveres dos cônjuges são idênticos aos dos membros de casamentos heterorossexuais, entre eles o da a adoção.

- Bélgica: os casamentos entre homossexuais são autorizados desde junho de 2003. Os casais gays têm os mesmos direitos que os casais heterossexuais. Em 2006, conquistaram o direito a adotar.

- Espanha: O governo de José Luis Rodríguez Zapatero legalizou, em julho de 2005, o casamento entre pessoas do mesmo sexo. Estes casais, casados ou não, também têm a possibilidade de adotar.

- Canadá: A lei sobre o casamento de casais homossexuais e o direito a adotar entrou em vigor em julho de 2005. Anteriormente, a maioria das províncias canadenses já autorizavam a união entre pessoas do mesmo sexo.

- África do Sul: Em novembro de 2006, a África do Sul se tornou o primeiro país do continente africano a legalizar a união entre duas pessoas do mesmo sexo através do "casamento" ou da "união civil".

- Noruega: Uma lei de janeiro de 2009, põe em pé de igualdade os casais homossexuais, tanto para o casamento e a adoção de crianças quanto para a possibilidade de beneficiar-se de fertilização assistida. Desde 1993, contavam com a possibilidade de celebrar união civil.

- Suécia: Pioneira no direito de adoção, desde maio de 2009 a Suécia permite a casais homossexuais se casarem no civil e no religioso. Desde 1995 eram autorizadas a se unir por "união civil".

- Portugal: Uma lei, que entrou em vigor em junho de 2010, modifica a definição de casamento, ao suprimir a referência a "de sexo diferente". Exclui o direito à adoção.

- Islândia: A primeira-ministra islandesa, Johanna Sigurdardottir, casou-se com sua companheira em 27 de junho, dia da entrada em vigor da lei que legalizou os casamentos homossexuais. Até então, os homossexuais podiam unir-se legalmente mas a união não era um casamento real.

- Nos Estados Unidos, cinco estados autorizaram o casamento gay: Iowa, Connecticut, Massachussetts, Vermont e New Hampshire, bem como a capital, Washington, enquanto no México só está habilitado no distrito federal, onde vivem oito milhões de pessoas.

- Argentina: no dia 15 de julho de 2010, a Argentina se tornou o primeiro país da América Latina a autorizar o casamento homossexual. Os casais do mesmo sexo têm os mesmos direitos que os heterossexuais e podem adotar crianças.

-Uruguai: em 10 de abril, se tornou o segundo país latino-americano a legalizar o casamento entre pessoas do mesmo sexo, após a Câmara dos Deputados ratificar o projeto de lei do "matrimônio igualitário". 

- Outros países adotaram legislações referentes à união civil, que dão direitos mais ou menos ampliados aos homossexuais (adoção, filiação), em particular a Dinamarca, que abriu em 1989 a via para criar uma "união registrada", a França ao instaurar o PACS (Pacto Civil de Solidariedade) (1999), Alemanha (2001), Finlândia (2002), Nova Zelândia (2004), Reino Unido (2005) República Tcheca (2006), Suíça (2007), e o Brasil a União Estável entre pessoas de mesmo sexo (2011).

terça-feira, 23 de abril de 2013

França aprova casamento homossexual

Em clima de tensão, o Parlamento francês aprovou nesta terça-feira o projeto de lei que legaliza o casamento entre pessoas do mesmo sexo e autoriza adoção de crianças por casais homossexuais. O texto do Senado foi aprovado sem alterações pela Câmara baixa, colocando fim a uma maratona legislativa que começou em janeiro. A França se torna o 14º país do mundo e o nono na Europa a aprovar a união gay. 

- Depois de 136 horas e 56 minutos, a Assembleia aprovou o casamento para casais do mesmo sexo - anunciou o presidente da Assembleia Nacional, Claude Bartolone. 

O texto recebeu 331 votos a favor e 225 votos contra. A maioria dos parlamentares de esquerda votou a favor, enquanto os de direita foram contrários à proposta. Minutos antes dos parlamentares apresentarem o parecer, o presidente da Assembleia expulsou os manifestantes aos gritos de “tirem os inimigos da democracia”. 

O projeto de lei, uma das principais promessas eleitorais de François Hollande, é a maior reforma social na França desde que seu mentor e antecessor, o presidente François Mitterrand, aboliu a pena de morte em 1981, um movimento que também dividiu a nação. 

- Muitos franceses vão ter orgulho - disse a ministra da Justiça Christiane Taubira. - Aqueles que protestam hoje vão se comover com a alegria dos recém-casados. 

A ministra informou que o presidente tem até 10 dias para promulgar a lei e os municípios terão período similar para atender às mudanças. Segundo ela, os primeiros casamentos não poderão ser celebrados antes de junho. 

Embora o partido de François Hollande possua maioria em ambas as câmaras, o tema tornou-se uma questão moral de alcance nacional. Mais de mil policiais foram encarregados de manter a segurança da Assembleia e entorno diante das possibilidades de tumulto. 

Nas últimas semanas, o debate provocou numerosas manifestações violentas e homofóbicas. Uma série de protestos nas proximidades do Parlamento resultaram em confrontos com a polícia e em mais de 250 detenções. 

Grupos contrários à proposta vão reagir 

As associações civis e políticas contrárias ao projeto de lei anunciaram que não vão permanecer de braços cruzados. Às 18h é esperado que o presidente do grupo conservador União por um Movimento Popular na Assembleia, Christian Jacob, apresente um recurso ante o Tribunal Constitucional. 

Por sua parte, a comediante Frigide Barjot, que lidera o movimento opositor “Manif Pour Tous”, convocou duas mobilizações para os dias 5 e 26 de maio. 

Na semana passada, a Nova Zelândia deu um passo na mesma direção ao aprovar o casamento gay. A Dinamarca foi o primeiro país que legalizou as uniões civis, em 1989.

segunda-feira, 22 de abril de 2013

Opositores e defensores do casamento gay tomam as ruas de Paris

Milhares de opositores ao projeto de lei que legaliza o casamento gay foram às ruas de Paris este domingo, a dois dias da votação na Assembleia Nacional da lei que dividiu a França.

Do outro lado, milhares de defensores da legislação se reuniram na praça da Bastilha. Um dos primeiros a chegar ao local foi o prefeito de Paris, Bertrand Delanoe, que denunciou o clima de homofobia desencadeado no país por causa do projeto de "lei do casamento para todos", a qual se opõem os partidos de direita e extrema direita e a igreja católica francesa.

A poucos quilômetros dali e fortemente protegidos por forças de segurança, milhares de opositores partiram da praça Denfert Rochereau (sul de Paris), agitando bandeiras e gritando palavras de ordem contra o presidente François Hollande, a quem acusam de "não escutar os franceses".

Segundo a polícia o número de participantes foi de cerca de 45.000 e, segundo os organizadores, de 270.000. 

As mobilizações deste domingo acontecem após semanas de protesto e até agressões contra homossexuais por parte dos opositores à lei Taubira, em referência à ministra da Justiça, Christiane Taubira, que liderou na assembleia legislativa a defesa desse projeto de lei. 

Se a lei for aprovada, a França se transformará no 14º país no mundo a estender os direitos do casamento aos casais homossexuais.

domingo, 21 de abril de 2013

Jackie Chan estrela dos filmes de luta sai do armário

O ator Jackie Chan sempre foi símbolo da força, da virilidade e de coragem ao interpretar lutadores de artes marciais implacáveis e invencíveis no cinema.

Famoso até hoje - ele causou tumulto ao participar recentemente de uma conferência nacional da China - o ator é estrela de uma campanha do grupo Aliança Gay e Lésbica contra a Difamação (GLAAD, em inglês).

No filme de 30 segundos, Chan fala sobre a decisão de sair do armário, mas na verdade de sair mesmo para apoiar a diversidade sexual.

"Não basta falar sobre aqueles que lutam por liberdade, por igualdade. (…) Eu estou com vocês. Eu quero aqueles que lutam. Acredite. Eu sei que eu luto muito contra" diz o ator. 

Em seguida, ele sai do armário, diz o seu nome e acrescenta: "(…) e eu estou saindo do armário, por aqueles que lutam pela igualdade". 

sábado, 20 de abril de 2013

Escuta envolve Marco Feliciano em esquema de fraude

De acordo com a denúncia, deputados federais recebiam propina de empreiteiras para conseguir dinheiro para obras. Os lobistas procuravam os políticos sempre em nome de uma construtora, do Grupo Scamatti. A verba era liberada para obras de prefeituras do Estado de São Paulo por meio de emendas parlamentares. O esquema envolveria 78 prefeituras paulistas. 

Um relatório do Ministério Público de São Paulo aponta a participação de deputados, senadores e ministros nas fraudes. Além disso, a investigação aponta o empresário Olívio Scamatti como chefe da quadrilha. Ele e outras 13 pessoas estão presas. 

Escutas telefônicas de conversas ocorridas em 2010 citam os nomes de Otoniel Lima, hoje deputado federal pelo PRB, e Marco Feliciano, deputado federal pelo PSC, em suposto esquema de fraudes. Feliciano nega envolvimento. Otoniel Lima não foi encontrado pela reportagem do SBT para comentar as suspeitas.

sexta-feira, 19 de abril de 2013

Marília Gabriela recusa participação de Marco Feliciano em seu programa

Marília Gabriela não aceitou receber o deputado federal Marco Feliciano em seu programa "De frente com Gabi", do SBT. A informação é do colunista Flávio Ricco, publicada nesta sexta-feira (19).

Segundo a nota da coluna, o próprio deputado ligou para o programa se oferecendo para uma entrevista, mas a equipe de Marília Gabriela, educadamente, recusou a oferta do presidente da Comissão de Direitos Humanos e Minorias (CDHM) da Câmara dos Deputados do Brasil.

Marco Feliciano tem sido o protagonista de muitas polêmicas, inclusive com a apresentadora Xuxa, envolvendo o tema da homossexualidade. Inclusive, a posição radical do político foi um dos pontos motivadores para que a cantora Daniela Mercury assumisse a relação com a jornalista Malu Verçosa. 

Vários outros artistas também estão se posicionando a respeito de Feliciano, e muitos deles têm publicado fotos nas redes sociais em que aparecem beijando outro artista do mesmo sexo. Antonia Morais e Yasmin Brunet, Fernanda Paes Leme e Fernanda Rodrigues, foram algumas das duplas que expressaram o seu protesto: "Feliciano, você não me representa".

quinta-feira, 18 de abril de 2013

Novo PLC 122 dá aval para homofobia religiosa

As manifestações de religiosos sobre homossexuais feitas dentro de templos está fora da sugestão de substitutivo ao projeto de lei (PLC 122/2006) que criminaliza a homofobia, entregue na terça-feira à Comissão de Direitos Humanos (CDH) do Senado pelo Conselho Nacional de Combate à Discriminação e Promoção dos Direitos de Lésbicas, Gays, Bissexuais, Travestis e Transexuais (CNCD-LGBT). 

O CNCD-LGBT integra a estrutura da Secretaria de Direitos Humanos (SDH) da Presidência da República e sua composição é formada de 15 representantes do governo e 15 da sociedade civil. Na avaliação da senadora Ana Rita (PT-ES), presidente da CDH, a nova proposta é completamente diferente da que tramita na Casa. "É uma proposta que trata do ódio e da intolerância contra todas as pessoas, idosos, crianças, adolescentes, deficientes e também contra as pessoas do movimento LGBT", explicou.

O substitutivo diz que constitui crime de intolerância, com pena prevista de um a seis anos, "impedir, restringir a expressão e a manifestação de afetividade, identidade de gênero em espaços públicos ou privados de uso coletivo, exceto em templos de qualquer culto, quando estas expressões e manifestações sejam permitidas às demais pessoas".

"As autonomias que as igrejas têm nas suas estruturas, nas suas sedes, nos seus locais, nós não podemos fazer interferência, mas as manifestações públicas vão ter um outro contexto", explicou a representante da Rede Nacional de Negras e Negros LGBT Janaína Oliveira.

A intenção do senador Paulo Paim (PT-RS), que vai relatar a proposta, é pedir regime de urgência para que, depois de votado o relatório na comissão, a matéria siga direto para votação no plenário da Casa. "O substitutivo não é um adendo à Lei 7.716, conhecida como Lei do Racismo, ela é uma lei autônoma, que vai tratar especificamente dos crimes de ódio e intolerância", explicou o presidente do CNCD-LGBT, Gustavo Bernardes. Ele acredita que a nova proposta vai abrir um caminho de diálogo com os segmentos que até agora resistem à proposta. 

Segundo as entidades que integram o movimento, a nova proposta reforça a necessidade de enfrentamento de crimes de ódio e intolerância à população LGBT. Os crimes previstos na proposta têm pena aumentada de um sexto à metade se a ofensa também for motivada por raça, cor, etnia e religião. O texto também ressalta que, sob "nenhuma hipótese", as penas previstas na lei serão substituídas por pagamento de fiança.

terça-feira, 16 de abril de 2013

Simpósio Estadual de Literatura LGBT

Entre os dias 26 e 29 de maio de 2013 será realizado o 1º Simpósio Estadual de Literatura LGBT - SIMEL LGBT, organizado pela Assessoria de Cultura para Gêneros e Etnias da Secretaria de Estado da Cultura de São Paulo em parceria com o Programa USP - Diversidade da Pró-Reitoria de Cultura e Extensão da Universidade de São Paulo. O Simpósio terá como tema principal "As personagens LGBT e sua construção estética na Literatura Brasileira" e contará com dezenas de comunicações, palestras, atividades artísticas e culturais.

A atividade conta, também, com o apoio institucional da Coordenação Estadual de Políticas para a Diversidade Sexual, da Secretaria da Justiça e da Defesa da Cidadania, e da Escola de Comunicações e Artes da Universidade de São Paulo.

Apresentação: Porque uma Literatura LGBT? 

Parafraseando Roland Barthes, a literatura é a institucionalização da subjetividade. O poeta, contista, novelista ou romancista cala no exercício da escrita o seu colocar-se no mundo e, nessa presença silenciosa da escrita, os valores ideológicos e políticos se manifestam por meio dos procedimentos composicionais que revelam um mundo ficcional performativo com o qual o leitor se identifica e tenciona no ato da leitura. São políticos e ideológicos também o campo do desejo e da sexualidade os quais se tornam campo neutro no acordo da leitura entre autor e leitor. Essa neutralização dos desejos e da sexualidade é, em nossa sociedade heteronormativa, a naturalização do que se aceita como norma, isto é, não se evidenciam os desejos ou as identidades das personagens desde que estejam adequadas a uma determinada norma. Com isso, a obra de ficção pode arvorar-se universal à medida que pressupõe identidades (sejam raciais ou de gênero) dominantes? Tal questionamento pode ajudar-nos a compreender a importância da especificação de uma literatura LGBT quando nos dispomos a questionar esses pressupostos.

Os Estudos Culturais tem feito esse exercício de colocar em questão esses pressupostos que marcam a literatura canônica ao se debruçar nas chamadas literaturas homoeróticas. Contudo, destacamos duas observações: a primeira de cunho terminológico e a segunda, conceitual.

O movimento LGBT no Brasil e no Mundo ampliou o termo homossexual para as siglas que compreendam tanto as diferentes orientações sexuais, quanto as identidades de gênero. Acompanhando tal discussão, referir-se à literatura homoerótica ou homossexual é restringir-se à orientação sexual, negligenciando obras de ficção que tematizam as experiências de travestis e transexuais. Por isso, buscamos tratar de uma literatura LGBT que possa contemplar tanto obras de ficção que tratem das orientações sexuais, como também das diferentes expressões de gêneros. Para tanto, interessa-nos debater neste Simpósio as literaturas de ficção LGBT.

A segunda observação, de cunho conceitual, refere-se à compreensão da literatura. Para tanto, serve-nos a observação de Antonio Candido em O direito à literatura:

"A função da literatura está ligada à complexidade de sua natureza, que explica inclusive o seu papel contraditório mas humanizador (talvez humanizador porque contraditório). Analisando-a, podemos distinguir pelo menos três faces: ela é uma construção de objetos autônomos como estrutura e significado; ela é uma forma de expressão, isto é, manifesta emoções e a visão de mundo dos indivíduos e dos grupos; ela é uma forma de conhecimento, inclusive como incorporação difusa e inconsciente. (...) Uma sociedade justa pressupõe o respeito dos direitos humanos, e a fruição da arte e da literatura em todas as modalidades e em todos os níveis é um direito inalienável".

Aborda-la apenas em seu aspecto temático é perder a particularidade que a diferencia de outras áreas de saber. Não se deve compreender a literatura apenas como um meio de expressão dos pensamentos e da visão de mundo do autor sem condenar de imediato a especificidade literária e atribuir-lhe papel secundário. Como observa Tzvetan Todorov, o que é dito na literatura torna-se tão importante quanto o "como" se diz. Desse modo, a abordagem do texto literário tanto na leitura quanto na sua elaboração passa pelas três fases apontadas acima por Candido: construção de objetos autônomos como estrutura e significado, forma de expressão que manifesta emoções e visão de mundo e forma de conhecimento como incorporação difusa e inconsciente. Nesse sentido, tratar da tematização das expressões afetivas e de gênero das personagens sem atentar-se para a sua especificidade composicional é relega-la às outras áreas de saber.

O desafio posto e que se busca enfrentar neste Simpósio deve-se, então, a dois aspectos: desnaturalizar os pressupostos consagrados pela crítica literária nas obras de ficção, isto é, romper este acordo entre autor e leitor, tornando-o incômodo no exercício de leitura; mas fazendo-o dentro dos instrumentais teóricos acumulados pela crítica literária sobretudo a partir do estruturalismo francês. Obviamente, não significa reproduzi-los acriticamente, pois nem rompimento se efetiva sem o exercício de desconstrução e ressignificação desses instrumentais teóricos. Pode parecer tarefa impossível, mas que para abandonar o prefixo é preciso o primeiro passo.

Inscrições para comunicação 

As pessoas interessadas em participar das sessões de comunicações devem enviar um resumo expandido (de 50 a 70 linhas, em fonte Times New Roman, tamanho 12, entrelinha simples) para o e-mail generos.etnias@sp.gov.br, com a sugestão temática a ser abordada, contendo título, nome do autor (sendo dois autores o número máximo permitido por comunicação), instituição de ensino (ou orientador, caso desejar, no caso de discentes de graduação), endereço completo e número de telefone. Na mensagem de envio deve-se escrever "Submissão de resumo". Todos os resumos expandidos serão avaliados pela Comissão Organizadora do evento e a data limite para as propostas de comunicação via e-mail será o dia 10 de maio de 2013. Os resultados serão divulgados no dia 20 de maio de 2013. Os resumos expandidos devem adequar-se às seguintes linhas temáticas:

1 - A construção das personagens LGBT na Literatura Brasileira: Sendo a principal linha temática do Simpósio, as comunicações devem compreender análises das mais diferentes manifestações literárias escritas por autoras e autores brasileiros que tratem de personagens identificadas textualmente como LGBT ou que explore a nuança entre a indefinição tanto da expressão de gênero quanto a do desejo.

2 - Personagens LGBT em obras ficcionais estrangeiras: as comunicações podem tratar de obras de ficção de escritoras/es estrangeir@s cujo tema aborde personagens LGBT.

3 - Concepções sobre literatura LGBT: Comunicações que problematizem os aspectos conceituais da especificação tanto na abordagem temática quanto nos procedimentos técnico-estéticos de uma literatura LGBT.

Para efeitos de inscrição no Simpósio, serão priorizadas as que forem apresentar comunicações, estudantes de graduação ou pós-graduação da área de Letras ou de escritores e escritoras que já tenham obras publicadas que quiserem participar como ouvintes.

Para participar como ouvinte, deverá encaminhar inscrição até o dia 22 de maio no e-mail generos.etnias@sp.gov.br. Na mensagem de envio deve-se escrever "Ouvinte". No caso de estudante, deverá encaminhar comprovante institucional de matrícula e, no caso de escritor@s, deverá indicar no corpo de e-mail a obra de sua autoria já publicada.

A inscrição será gratuita e garantirá às pessoas participantes hospedagem, translado hotel/USP/hotel e material do Simpósio, no número máximo de 100 inscrições.

Serviço:

I Simpósio Literatura e Diversidade
De 26 a 29 de maio de 2013
Local: Auditório Lupe Cotrin da ECA-USP Av. Prof. Lúcio Martins Rodrigues, 443, Cidade Universitária Horário: das 10:00 às 18:00

segunda-feira, 15 de abril de 2013

Pai do vocalista dos Mamonas Assassinas pretende processar o Deputado Marco Feliciano

O pai do vocalista Dinho, da banda Mamonas Assassina, pretende processar o deputado Marco Feliciano (PSC-SP) por ter afirmado que o acidente aéreo que provocou a morte dos integrantes do grupo, em 1996, foi uma espécie de castigo divino. "Ele não pode falar isso porque não tem como provar. Como meu filho não está aqui para se defender, eu tenho de fazer isso" disse Hildebrando Alves. 

O advogado do pai de Dinho, Nilson Moreira, pretende ingressar com ações na esfera criminal, por calúnia e difamação, e na esfera cível com pedido de indenização. Ainda não se sabe o valor que será pedido. O advogado ainda vai estudar em que instância entrará com as ações, já que Feliciano possui foro privilegiado por ser deputado. A ação criminal teria que ser impetrada no Supremo Tribunal Federal (STF). 

Na semana passada, circulou na internet um vídeo de um culto de 2005, na cidade de Camboriú, em Santa Catarina, em que Feliciano diz: — O avião estava no céu, região do ministro do juízo de Deus. Ao invés de virar para um lado, o manche tocou pro outro. Um anjo pôs o dedo no manche, e Deus fulminou aqueles que tentaram colocar palavras torpes na boca das nossas crianças. 

No mesmo culto, o pastor afirma ainda que Dinho era evangélico e "se vendeu ao diabo pelo vil dinheiro" e conseguiu assim fazer com que a banda vendesse 1,5 milhão de CDs. "Ele foi muito infeliz no que falou" acusou o pai de Dinho. Ainda no culto, Feliciano relaciona o assassinato do ex-beatle John Lennon a um suposto deboche sobre Deus e diz "Eu queria estar lá quando descobriram o corpo dele. Ia tirar o pano de cima e dizer: me perdoe, John, mas esse primeiro tiro é em nome do Pai, esse é em nome do Filho, e esse, em nome do Espírito Santo". Na verdade, Lenon foi morto com cinco tiros. 

O pai nega que Dinho fosse evangélico. Ele diz que a sua esposa e mãe do cantor, sim, é frequentadora da Assembleia de Deus. Ela inclusive está em Israel em uma viagem de peregrinação. Feliciano criou e preside a Igreja Tempo do Avivamento, que é um ministério da Assembleia de Deus. O advogado do pai do vocalista também pretende procurar os familiares dos outros quatro integrantes da banda que para que façam parte das ações. 

domingo, 14 de abril de 2013

Em uma curiosa e positiva inversão de valores, a comédia "G.B.F - Gay Best Friend" retrata o outing de um adolescente

Dirigido por Darren Stein, Gay Best Friend é uma comédia prevista para ser lançado no segundo semestre de 2013. O enredo do filme é ambientado em um colégio dos 80/90 e conta a história de dois gays, no armário, que precisam melhorar o status social e para isso tentam se tornar melhores amigos das garotas mais populares da escola.

Com personagens clichês, o vídeo mostra uma curiosa e positiva inversão de valores. Em vez de virar alvo de bullying, o "Gay Best Friend" se torna o centro de uma disputa de popularidade, já que todas as garotas querem estar próximo dele. O dilema se centra na escolha do novo status de celebridade escolar e seus antigos amigos. O longa-metragem terá sua première mundial em 19 de abril no Festival de Tribeca e ainda não tem previsão de estreia.

sábado, 13 de abril de 2013

Floriano Pesaro comemora aniversário em Clube Gay

Floriano Pesaro, líder da bancada do PSDB, comemora seus 45 anos no Clube Glória, tradicional Clube Gay Paulistano. A festa está marcada para esse domingo (14) e conta com a participação do DJ André Pomba, que assume as "pickups" às 21 horas, com promessa de ser o ponto alto da festa.

Em declaração a Revista Veja, Floriano anuncia “vou tocar As Frenéticas e Edson Cordeiro, meus artistas preferidos” e destaca “sou baladeiro desde sempre e não tenho nenhum preconceito”.

O vereador pediu presente e por uma boa causa. Na entrada da festa haverá coletores da "Campanha do Agasalho", com toda a doação sendo revertida para obras sociais.

Floriano tem se inclinado muito em seu mandato na questão dos Direitos Humanos, colocando pautas importantes na Câmara Municipal de São Paulo. Recentemente, o vereador apresentou um projeto de lei muito abrangente na questão de garantias de direitos e resgate da cidadania LGBT. Trata-se de um Plano de Enfrentamento a Homofobia, com propostas elaboradas pela sociedade civil, na ocasião da II Conferência Municipal LGBT de São Paulo.

A Drag Dindry Buck, não esconde de ninguém que é Florianete de carteirinha e deixa um recado para o vereador, desejando a ele "toda felicidade do mundo. Obrigada por estar representando tão bem a população paulistana (prova disso é seu segundo mandato como vereador). Feliz por você compartilhar esse momento junto a comunidade LGBT paulistana (afinal a festa será no Clube Glória), isso só reafirma seu compromisso pela construção de uma sociedade em que todos possam se respeitar e viver em harmonia. Você por ser judeu e saber o quanto dói o preconceito sabe o quanto nós LGBT temos que lutar e o que estamos passando ultimamente a nível nacional. O aniversário é seu, mas sinto como que ganhando um presente. Obrigada por tudo. Felicidades sempre! Força, coragem e Saúde!".

Também desejo ao vereador toda a felicidade do Mundo. Tenho acompanhado diariamente a rotina parlamentar do Floriano desde meados do ano passado, já conhecia a sua atuação e tive uma aproximação maior na articulação do veto do "Dia do Orgulho Hétero", ocasião que o vereador convidou a Comunidade LGBT para uma audiência pública e articulou o veto com o Prefeito Gilberto Kassab. Como militante LGBT, também me sindo presenteado e orgulhoso por ter em São Paulo um vereador como o Floriano Pesaro.